Nela mostraremos fatos, por muitos desconhecidos e fotos algumas já bem vistas e outras praticamente só acessadas por poucos.
Muita gente pensa que o Perimetral é o resultado do contrato do governo do Estado da Guanabara com o escritório de urbanismo do grego Diaxodis, mas sua idéia já vinha sendo acalentada desde o abandono dos planos de Agache para a região da esplanada do Castelo.
Nessa maquete de 1938 vemos um estudo para a esplanada, executada pela equipe de urbanismo da PDF, que mantém partes do seu antigo traçado agachiano, mas já com intervenções como a existência de prédios não planejados e ruas suprimidas ou com o traçado alterado, embora a praça do Castelo ainda exista, embora conte com um mergulhão.
A área da maquete engloba a área a partir da Av. Rio Branco, mas a área edificada com novos prédios parte de um dos lados da rua México, Av. Beira Mar, Av. General Justo, até um dos lados da rua de São José. É curioso ver na maquete a arborização pública já consolidada de Av Beira Mar como da rua de Santa Luzia que corta em diagonal a nova esplanada, e o prolongamento da Av. Antônio Carlos em direção as pistas do Aterro que seriam na orla
Na maquete podemos identificar os prédios do aeroporto Santos Dumont, tanto o terminal terrestre ainda em construção nessa época, bem como o marítimo já pronto, o prédio do Ministério do Trabalho com o seu coroamento Art-Decô que durou menos de 10 anos, o prédio do MEC, a igreja de Santa Luzia, a estação das Barcas e a igreja de São José.
Pelo mapa o Perimetral começaria numa das bordas do Aterro mais ou menos onde temos o clube do Boqueirão, entraria pela Av Marechal Câmara, que talvez explique seu atual traçado, e a partir dali acompanhava um novo traçado urbano que não foi executado até encontrar a linha do mar na região da Praça XV.
Vocês querem que a série continue no feriado ou recomece apenas na quinta feira ??
Comments (10)
Vamos conhecer a origem desta feiosa Perimetral que, entre outras coisas, fez com que fosse demolido, a meu ver sem necessidade, todos os prédios do Mercado Municipal.
http://fotolog.terra.com.br/luizd
Pela maquete se percebe que – bem ao gosto do período pré-1990 – planejava-se destruir todas as edificações antigas em prol do “progresso”. Já se previa demolir não apenas o Mercado, mas também a Santa Casa e o Museu Histórico!!!
Está explicado o traçado “misterioso” da Marechal Câmara. Também se percebe que os prédios da General Justo realmente ficariam “tortos” em relação à avenida, como estão hoje.
Igual ao Luiz, estou curiosíssimo em relação a esta série. Quero saber tudo sobre este monstrengo que esculhamba com a paisagem de um dos lugares que poderia guardar uma preciosa pátina do tempo.
Êpa, hoje estou com a veia de Gustavo Corção.
Fui apresentado para um coroa Decourt com esse nome. Na área de energia. Imaginei que fosse seu parente, mas claro que fiquei quieto. Não falaria antes de falar contigo.
Caraca! Deve ser desses de Sampa, entoces. Ele grafa Décourt, mas achei que era erro na lista de presença…
Outro candidato à Dinamite nesta nossa cidade. Valei-me Sâo Nobel !!!
🙂
Em 1938 já sonhavam com essa coisa ? Uma coisa engraçada do centro do Rio é que ele não se encontra no centro, e sim no extremo leste, o que contribui para o seu “abandono” nos finais de semana, visto todo mundo circular pelo Rebouças e Santa Bárbara, deixando até mesmo de ser um lugar de passagem.
Com a construção do mergulhão já se torna possível a demolição do famigerado viaducto, ao menos no trecho da Praça XV, deslocando os ônibus para a Avenida Paraguai e Primeiro de Março, que deveria ser transformada em via exclusiva para ônibus.
A eliminação da Perimetral só seria possível com uma mega-obra de engenharia que pelo menos triplicasse a capacidade do atual Mergulhão (que na prática já funciona como uma via exclusiva pra ônibus), indo do Santos Dumont até a Praça Mauá.
Isso também resolveria o “nó” que existe no eixo Praça Mauá – Praça 15, que não tem uma ligação direta.
Só que uma obra dessas não seria concluída no período de um mandato, então obviamente nunca será feita…
O amigo teria por acaso a imagem dos traçados originais, em cores, no mapa da Cidade do Rio de Janeiro, realizados possivelmente na década de vinte, do que viria a ser as linhas amarela, vermelha e outras ainda não realizadas?
Diante do caos no Transporte Coletivo por ônibus em terras cariocas (falo do caos no ano da graça de 2014, mas também houve caos em anos anteriores), o nosso principal periódico elege o excesso de velocidade dos ônibus como o principal vilão!
Como todos sabem que os ônibus cariocas tem tarifa BARATA e factóides PAES (que justificam qualquer aberração no transporte), o vilão do Transporte Coletivo passa a ser a velocidade dos ônibus.
E durma-se com um barulho desses!!!