Av Rio Branco, 1936, tirada do Ed. A Noite

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Mais uma imagem da Life, que nos mostra os primórdios da verticalização da Av. Rio Branco, no meio dos anos 30.
A foto mostra o Centro com a antiga Av. central como a mais larga da região, poucos anos antes da destruição causada pelo andamento desastroso das obras e posterior urbanização ( ou ausência de) da av. Pres. Vargas.
Nosso fotógrafo está no topo do Ed. A Noite o mais alto da América Latina à época e aponta suas lentes rumo a entrada da barra, capturando grande parte do Centro.
 

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Nada mais sobrava do Morro do Castelo, apenas pequenas abas na região da Misericórdia e por de trás de sobrados da Rua de S. José, na vazia esplanada o solitário prédio do Ministério do Trabalho, ainda na estrutura, se ergue sozinho, acompanhado de poucos prédios da Av. Beira Mar e o mais velho da Esplanada, localizado na Av. Erasmo Braga e o conjunto dos edifícios Castelo, Raldia e Nilomex . O SDU, ainda era um grande aterro de material claro, possivelmente areia. Na Rio Branco vemos prédios de concreto armado que representam a segunda geração da avenida, identificamos o Guinle, o edifício que ficava no lugar hoje ocupado pelo cafona Manhatan Tower e em primeiro plano o Ed. Unidos, também nas estruturas, chegando aos seus últimos andares.
 

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A igreja  da Candelária ainda se insere no tecido urbano do entorno, com seus fundos bloqueados por prédios da Rua da Quitanda , num hoje desaparecido quarteirão entre a Av. Rio Branco, vemos também o os fundos prédio do Banco Alemão Transatlântico, já personagem de um post em Dezembro do ano passado ( http://www.rioquepassou.com.br/2008/12/12/ ).
 

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Em direção a baía a torre do relógio da Mesbla e o Ed. Regina, ainda em construção, se destacavam no horizonte

10 comentários em “Av Rio Branco, 1936, tirada do Ed. A Noite”

  1. Perfeito!
    Foto extraordinária!
    no canto direito da foto, é um morro? aparece na mesma altura do relógio da mesbla!

    1. É sim, só não dá para ter certeza se é o de Santa Antônio, possível mas muito alto, ou Santa Teresa, muito vazio. Talvez sejam até os dois se sobrepondo, mas como já falei a resolução lá não é tão boa para se ter certeza

  2. Essas “sobras” do Morro do Castelo onde hoje estão a praça Melvin Jones e o Menezes Cortes me intrigam. Nunca vi fotos, apenas uns desenhos muito bonitos que o Luiz (acho) postou tempos atrás.
    Que prédio seria aquele mais alto que aparece na primeira foto em primeiro plano? Parece que estaria na Assembleia ou São José, entre Quitanda e Carmo. Talvez tenha sido demolido nos anos 60.
    Considerando a época, o Ed. A Noite deve ter sido o monstro mais absurdo já construído na cidade. Seria como se hoje construíssem algum prédio de cem andares.

    1. É o prédio que fica na Erasmo Braga, de visual meio Gothan City e que abriga em suas lojas a Expand e a Forense, se não me engano ele é ou foi de alguma associação. A pequena torre só pode ser vista hoje dos andares mais altos do Menezes Cortes, pois ele ainda respeita o gabarito de 8 andares da Espalanada seus vizinhos poucos anos mais novos tem entre 10 e 12 pavimentos

  3. moro em cuiaba e ao fazer uma reforma em minha residencia encontrei enterada uma medalha comemorativa a inauguração do edificio social dos empregados do comercio na av central datada de 1909 gostaria de saber mais sobre este dificio e se ele ainda existe .

    1. Rogério o Edifício dos Empregados do Comércio, na sua primitiva versão foi demolido nos anos 30. Existe hoje no local um edifício de 14 andares com uma grande galeria comercial, construída pela associação em estilo déco. Possivelmente é dele a grande empena cega, de cor clara que vemos no segundo detalhe, ao lado da torre do prédio do Banco do Brasil

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