Hoje temos um post duplo com o Saudades do Rio que no dia 05 de julho postou uma foto da Praça Tiradentes com a Rua Sete de Setembro me 1954 ( http://fotolog.terra.com.br/luizd:3367 ) , pois graças a uma foto do Sr. Gyorgy Szendrodi avançamos uns 15 anos para frente e podemos ver muitas diferenças nesse curto período de tempo.
Fora do prédio da A Capital todos os outros de fronte para a praça foram substituídos por horrendos prédios sem nenhuma definição de estilo, inclusive o terreno onde se encontra esse espanto aqui ( http://goo.gl/maps/bqywt ) estava vazio no início dos anos 70. Triste sina para muitos desses prédios ecléticos, antes da criação do Corredor Cultural, que eram muitas vezes demolidos mesmo sem incêndios, causa mais comum da destruição deles.
E sem a obrigação de serem reconstruídos eram rapidamente substituídos por estes aleijões arquitetônicos. Reparem que a loja de sapatos Principal continua no mesmo ponto, apenas tendo trocado de prédio, para muito pior.
Mas enquanto os prédios mudaram radicalmente, o mobiliário urbano pouquíssimo se alterou. Os velhos sinais americanos, fixados diretamente num dos postes da iluminação pública foram substituídos pelos modelos de duas cores do EGB, com placas de fibra de vidro zebradas ( embora um deles esteja sem), as esquinas estavam sinalizadas por pirulitos e os trilhos dos bondes sepultados por uma camada de asfalto, bem como a rede aérea retirada.
O local hoje se encontra assim, estando o velho prédio da A Capital restaurado e a caixa de rua completamente modificada, do mobiliário urbano antigo praticamente nada mais sobra, apenas duas das 3 antigas árvores http://goo.gl/maps/xl779
Nessa época a Av. Paraguai já tinha sido aberta?
Tinha acabado de ser aberta e os prédios todos ainda estavam em obras e a Lapa sendo demolida
Excelente “post” duplo. A mudança certamente foi para pior.
No Rio cada um faz o que quer, sem o menor planejamento arquitetônico. Os prédios, até os dias de hoje, são construídos sem uma noção de conjunto.
E o prédio da esquerda virou “feudo” do PDT…
É, André, você conseguiu definir esse espigão aí quando disse ESPANTO. Tem um outro espanto desses na Cinelândia. Será que foi uma “rasteira” no gabarito da área? Ou será que em algum momento este gabarito esteve liberado com vistas à “verticalização” da Praça Tiradentes? Imagina…
Esse gabarito era legal no final dos anos 60 e iniciozinho dos 70, muitos dos espigões equivocados do Centro foram licenciados assim.
Esses gabaritos exagerados de prédios colados nas divisas, como também alguns recuos e galerias agachianas “perdidas” em ruazinhas, dão a impressão que os urbanistas imaginavam que todas as construções antigas seriam arrasadas a médio prazo e em breve as ruas seriam ocupadas apenas pelos novos edifícios.
Esse prédio da Praça Tiradentes em especial é um câncer no Centro, pois além de feio e desproporcional, por ter ficado isolado se destaca demais na paisagem, sendo visível de muitos lugares.
No canto direito da foto, o prédio em construção ao lado do Edifício Central é o da Caixa?
É ele mesmo, ficou em obras por mais de 15 anos.
Me lembro que pegou fogo quando estava quase pronto e voltou a estaca zero.
Nessa esquina agora tem o excelente Bar Gaspar.
Como o Centro era mais simpático e menos decadente.