Praça Deodoro, 1970


A tarde cai por detrás do monumento à Deodoro, na confluência da Av. Beira Mar com a Av. Rio Branco.
Ao vermos essa belíssima imagem, não podemos deixar de reparar que ao contrário de hoje essa era uma praça viva, jardins bem cuidados, pedestres passando despreocupados e até mesmo gente sentada nos bancos.
Tudo muito diferente dos dias de hoje, onde o herói da pátria ocupa solitário uma praça morta, escura, abandonada, tomada por pivetes e viciados em crack, tal como acontece num triste continium por toda a Av. Beira Mar até o Russel, com exceção da cercada Praça Paris.
Tendo esse comparativo fica a pergunta, banir nos últimos 40 anos as residências do Centro, proibindo a construção de novos prédios residencias e fomentando a substituição da ocupação dos enormes apartamentos da Av. Beira Mar por escritórios foi bom para essa parte do Centro. Aliás para todo o Centro, pois quem cobra dos governantes, cria associações e mete a boca no trombone são os moradores e não uma população flutuante.
Mais uma belíssima imagem de Gyorgy Szendrodi

9 comentários em “Praça Deodoro, 1970”

  1. A “lamentável diferença” só se vê olhando a foto em alta resolução. Aí percebemos os jardins, as pessoas passeando e a ausência de grades em torno do monumento.
    Vendo de longe, a diferença para os dias atuais não é tão gritante. O sr. Szendrodi devia estar bem junto ao acesso da Rio Branco para o Aterro, aqui: http://g.co/maps/uxzxv
    No caso específico desse lugar, acho que a ausência do Monroe ajudou na degradação, pois deixou a praça mais isolada, longe do tecido urbano.
    O ângulo e horário em que a foto foi tirada foram bastante felizes.

  2. Essa coisa de podermos ver a foto em alto, é simplesmente fantástica!
    Observamos detalhes que passam despercebidos normalmente.
    Foto espetacular, de uma praça que ainda vivia. Como bem disse o Rafael Araujo, hoje está morta.
    É uma lástima!

  3. O problema de reocupar o Centro é a qualidade da ocupação. Eu veria o Centro como um local para a classe média jovem em início de vida, ateliês de artistas e amantes de uma vida cultural intensa, como é comum em outras cidades do mundo. Coisas que parecem impossíveis nestas paragens.
    Ainda assim é melhor do que uma cidade vazia.

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