Nossa imagem de hoje, da Revista Life, mostra os diques secos do Arsenal de Marinha em 1939, período do início da II Gerra.
As fotos da revista Life dessa leva são de uma espionagem velada, mostrando a influência da indústria alemã em nosso comércio, as colonias japonesas e alemãs, prédios de interesse como o do Banco Alemão Transatlântico ( http://www.rioquepassou.com.br/2008/12/12/zona-bancaria-rua-da-alfandega-1939/ ), e algumas instalações militares brasileiras, além dos tradicionais pontos turísticos e eventos.
Fico perguntando qual foi o nível de liberdade que uma equipe de reportagem americana teve durante o Estado Novo para fotografar o que quisesse, tiraram as fotos driblando o acompanhante do DIP, ou com a anuência do governo?
Além das instalações do Arsenal vemos o Ed. A Noite e as torres do Mosteiro a direita da imagem, e bem a frente um grande prédio, possivelmente na Av. Rio Branco entre a Rua de São Pedro e a Teófilo Otoni.
Mistérios, mistérios!
Imagino o que rolava “nas internas” nessa época.
Não seria um levantamento das necessidades brasileiras para depois usar como moeda de troca (como aconteceu com a construção da CSN, após um acordo diplomático, denominado Acordos de Washington), para comprar a participação do Brasil na guerra ao lado dos Aliados?
Será que o prédio em frente não é aquele da esquina da Avenida Rio Branco com Rua Mayrink Veiga, que ocupa um “quarteirão triangular”?
Seria o Ed. Unidos, acho que não é ele, irei observar, em casa, seu coroamento nos meus arquivos
É ele mesmo, o Unidos. Uma “varanda” no centro da fachada e dois pares de janelas de cada lado. Ao fundo, à esquerda do Unidos, o morro da Conceição estando visível a então sede do Serviço Geográfico do Exército.
O Morro da Conceição, São Bento e a Praça Mauá estão à direita do fotógrafo, quase fora fora da foto. Lá no fundo é o Morro de Santo Antônio, ainda de pé. O prédio à direita é o “A Noite”.
JBAN,
O Morro da Conceição está atrás e à esquerda do edifício no centro da foto. Este edifício chama-se Unidos e fica na Avenida Rio Branco. Observe que o prédio do Serviço Geográfico do Exército, que se localiza na rua Major Daemon, está visível. Esta rua é um dos acessos ao morro.
Já o Morro de Santo Antônio não está visível na foto e, se estivesse, estaria muito à esquerda do fotógrafo.
Pura espionagem…
Atrás da grua aparece o prédio sede do 1º Distrito Naval.
Atrás da chaminé do cargueiro aparece a empena cega de um prédio que parece estar localizado no lado direito da rua Visconde de Inhaúma.
Com toda essa liberdade, não tenho dúvida nenhuma de que faziam parte do govêrno.