Copacabana, início dos anos 30

Nessa época os “rasga-céu” por razões de ocupação e liberação dos terrenos já mencionadas aqui, se concentravam na região do Lido deixando o resto do bairro praticamente horizontal, embora pioneiros da ocupação vertical já estivessem presentes no bairro.
Nossa foto além de mostrar em primeiro plano a Pedreira do Inhangá, se debruçando sobre a Av. Atlântica e parciamente bloqueando a futura Rua Fernando Mendes, mostra em destaque dois edifícios clássicos do bairro.
O primeiro é o Ed. Netuno, um belo exemplo de art-déco que foi muito descaracterizado ao longo dos anos, inclusive com a destruição quase total do seu embasamento de granito negro que além da portaria abrangia a varanda das suas duas lojas hoje ocupadas pelos restaurantes Arab e Manoel e Joaquim. Em seguida vemos em destaque o Ed. Guarujá, com seu afastamento em relação à praia. Junto dele tênuamente vemos o Edifício localizado na esquina da Rua Bolivar com Av. Copacabana e que possui um curioso relógio em seu topo. Totalmente plausível de se entender olhando essa foto, pois o prédio além de ficar da desaparecida Praça Santa Leocádia, se destacava na paisagem ao ponto de seu relógio ser observado da praia.
Ao fundo vemos apenas mais um prédio, localizado no Posto VI e certamente um dos inúmeros edifícios déco localizados nas Ruas Joaquim Nabuco e Francisco Otaviano.
Um dos pontos curiosos da foto é que na esquina da Rua Fernando Mendes com a Av. Atlântica a pioneira casa, que existia desde o início da deçada de 10 já não está mais lá, o terreno está murado e há algumas placas. Não sei se ela foi demolida para a abertura da Fernando Mendes ou demolida com grande antecedência para a construção do conjunto edificado que existe no local datando da segunda metade dos anos 30 até 1940