Construída sobre pântanos, sobre as águas do mar, pelo desmonte dos morros temos uma geografia frágil com inúmeras bacias sedimentares e maciços delicados, onde a terra é segura apenas pela vegetação, podendo muitas vezes se soltar como uma capa, mesmo com ela por cima provocando violentas torrentes de lama e árvores como já vimos várias vezes, onde nem edifícios de concreto armado resistem.
Hoje estamos convivendo com uma cidade parada por culpa da chuva, que provocou além das habituais inundações e apagões o desabamento da entrada do Rebouças. O Túnel não desabou por desabar, lembramos que ali em cima da sua boca há uma favela, que vem crescendo desde os anos 50, cada vez mais, abrigando marginais e aproveitadores que já causaram episódios de violência e prejudicaram o turismo várias vezes, pois ela fica no caminho de um principais cartões postais do Brasil.
Pergunto até que hora as administrações, em todas as esferas, continuarão lenientes à ocupação das encostas da cidade do Rio de Janeiro. Talvez só abram o olho com um novo 1966, onde casas de alvenaria colocadas em encostas que deveriam estar desocupadas desçam em uma torrente de lama e entulhos matando centenas e mostrando de vez a inviabilidade de tal ocupação.
Comments (9)
A foto está de acordo com esta quarta feira.
Chove sem parar, o transito está caótico e o Rebouças está interditado, piorando ainda mais esta situação, por conta de um grande desabamento de terra na sua boca da Lagoa.
Na foto, uma belo Destroier ingles aponta seus canhões para uma pequena embarcação alemã que está sendo rebocada por membros da armada americana mais a frente.
:-))
Interface é? Hmmmm…
Lembro bem desta enchente de 66.
Algumas áreas da cidade sofreram muito mas, na inconseqüência da juventude, chegamos a ir à praia quase todos os dias.
Eu ia postar essa foto caso tivesse postado pela manhã. Mas como tenho postado sempre à meia noite e pouco, o Rio ainda não estava afogado.
🙂
Batalha Naval ?????
Olha lá a Sears !!!!!
Hoje não chegou a encher aí, mas em outras partes da cidade ficou brabo.
ou seja
a situação ja eh mais d q conhecida
e nada fazem
triste … mto
gostei do novo projeto.. um site proprio
o fotolog.com mudou mto desde 2003.. acho q so perdeu, com estas mudanças…
(:
Foi um rio que passou na minha vida. Eu me lembro perfetamente deste temporal de 1966, que começou violento e fez grandes estragos nas favelas, que naquela época ainda eram poucas. Eu era ecônomo do Seminário do Rio Comprido e dei o máximo para ajudar os que perderam tudo com as chuvas. Eu recolhia estes pobres coitados no andar térreo do Seminário, que era na Av.Paulo de Frontin 568 e lhes dava assistência. Antigamente estas chuvas eram muito piores. Eu me lembro perfeitamente do temporal que em 1941 levando as água do mar até à rua Toneleiros. Daquela vez, eu estava em um bonde segurando a minha mãe, que rezava sem parar um rosário. Não quero ser agorento, mas o Prefeito deveria ver com mais seriedade estas favelas que crescem sem parar nas encostas das montanhas.
E em que bairro foi feita essa foto?
Eram aproximadamente 17 horas quando um temporal desabou sobre a cidade de Taubaté/SP. Tudo aconteceu muito rápido, o céu tornou-se escuro, procedido de uma ventania muito forte e de uma chuva devastadora. O vendaval impiedoso não poupou nada. Muitas árvores, casas, muros, tudo foi ao chão. Ao final desse temporal, uma visão catastrófica de um estado deplorável de como ficou nossa cidade. São as lembranças que tive daquele domingo, 16 de janeiro de 1966. Professor Gilberto
A referida foto é do bairro de Botafogo.