O tema hoje é a Estrada do Joá, o primitivo e principal acesso da Zona Sul para a Barra da Tijuca ,onde foi postada pelo Luiz uma bela foto em ângulo inverso da mais conhecida do Restaurante do Joá ( http://fotolog.terra.com.br/luizd:889 )
Ele também contou parte da história da estrada através de uma reportagem de 1959, onde as delícias dos caminhos turísticos do Distrito Federal eram mencionadas.
Esses caminhos turísticos tinham nos últimos anos sido melhorados e embelezados graças a união da Secretaria de Certames e Turismo e do DER-DF, sendo os maiores investimentos nesse tipo de estrada desde o período Passos.
Canoas, Gávea Pequena, D. Castorina, Edson Passos, Furnas, Joá etc. ganharam pavimento novo, na grande maioria em placas de concreto e algumas foram inclusive refeitas, em pequenos trechos com a de Furnas, ou em grande extenção como a Estrada das Paineiras que ganhou um novo traçado no trecho da Rua Almirante Alexandrino até o Hotel das Paineiras.
Com isso houve uma redescoberta dos cariocas por esses lugares que causou um turismo rodoviário interno, muito na moda até os anos 70, quando com a crise do petróleo, a decadência da cidade e o início da favelização, começou a morrer até ser sepultado de vez nos anos 80.
Nossa foto extraída de uma publicação do DER-DF mostra a estrada em ângulo inverso, para São Conrado, estando o nosso fotógrafo em cina de um jardim de uma casa ou hotel da região, podemos ver inclusive o acesso de pedras da propriedade.
A Estrada do Joá está logo abaixo, onde podemos acompanhar seu traçado através dos postes da rede elétrica.
Ao fundo o bairro de São Conrado vazio, mas arruado, e o Morro Dois Irmãos que já mostra a Favela da Rocinha, ainda sem muitos danos ao meio ambiente, mas já ocupando uma grande área da encosta, mas com uma ocupação esparsa.
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Nos anos 60/70 tinha um tio que o programa dele de domingo era passear por estes luguares coma família.
Lembro bem desta paisagem da Praia de São Conrado pois todo ano os alunos do Santo Inácio passavam alguns dias na Casa Anchieta, que ficava no alto do morro, junto ao Gávea Golf.
E, um pouco mais tarde, era de praxe estacionar o carro na Praia do Pepino, à noite, para as tradicionais “corridas de submarino”.
(Continuação…)
Encobertos pela vejetação antes da Igreja funcionavam à noite as barraquinhas de churrasquinho, que precederam a inauguração do Bar Bem que, por muitos anos foi um “point” de grande movimento. Na época o termo “gente bem” (hoje bacanas), muito em voga, inspirou o nome. A Rocinha era ainda embrionária, cortada pelo Circuito da Gávea (“Trampolim do Diabo”) que podia ser percorrido com segurança (sem medo de assaltos). Este lindo circuito tinha uma curva sensacional pouco depois da subida da Estrada da Gávea, a famosa “Curva do S”, próxima ao Hotel Trampolim, que acolhia os amantes desta época, que considero a mais romântica de nossa cidade.
Fiz um post multiplo com todo mundo dessa região:
http://fotolog.terra.com.br/carioca_da_gema:41
:-)))
A foto é sensacional !
Vendo essa linda foto e outras, chego à conclusão que TODOS os problemas dessa cidade se resumem a um nome: FAVELA. As pessoas que começaram a morar em favelas eram humildes, não pensavam em roubar ninguém, daí a informação acima sobre andar em segurança naquela época. Com o tempo, veio outra geração, vieram os parentes distantes sem perspectiva na terra natal, crises econômicas, políticas de curral eleitoral e aí chegamos a esse ponto.
Por favor, alguém aí tem uma máquina do tempo?