Na foto vemos funcionários do DER-DF durante a inauguração do Trevo das Missões nos anos 50, entre eles minha tia avó Maria.
O Trevo das Missões, realizado no encontro dos dois caminhos para Petrópolis, o velho que passava por dentro dos subúrbios e o novo a Av. Brasil, conhecida por alguns anos como a Variante para Petrópolis.
O viaduto do trevo aproveitava numa das suas cabeceiras, de forma engenhosa uma pequena colina existente no local, no Bairro de Cordovil. Com esse expediente só foi necessário usar aterro em uma das cabeceiras, com o material retirado dos recortes feitos na encosta do outro lado. Significando economia de material, tempo de mão de obra, além de combustível.
O Trevo das Missões, com seu viaduto era o início de um grande programa do Distrito Federal, depois continuado pelo Estado da Guanabara para melhorar os acessos da cidade, bem como ao longo desses acessos promover o desenvolvimento de regiões promissoras, bem localizadas e que vinham até aquele período sendo mal aproveitadas.
Desse programa surgiu a Av. Brasil, bem como a sua continuação a Av. das Bandeiras, que começava logo após em Parada de Lucas e que ligava os subúrbios aos confins da Zona Oeste, ainda conhecidos como Sertões Carioca.
Nos anos 60 essa colina teve seu topo aplainado, diminuindo muito em altura, para no seu topo a construção do Conjunto Habitacional de Cordovil, mais conhecido como Cidade Alta, o maior da América Latina na época, hoje completamente sucateado e um dos locais mais violentos da região.
Foto:Arquivo de Família
Comments (16)
Mas o antigo caminho de Petrópolis não era a Av. Pres. Kennedy, beirando a linha do trem? Sendo assim eles não se encontravam ali, e sim seguiam paralelos.
Nesse ponto, até há alguns anos era onde começava (ou terminava) a pista lateral da Av. Brasil, justamente porque o morro não deixava espaço. Na última grande obra feita no local cortaram mais um pedaço do morro pra passar a pista e construíram mais um viaduto em Parada de Lucas, logo depois.
Rafael, até chegar na Pres. Kennedy vc serpenteava pelos subúrbios da Leopoldina até chegar aí, era o ponto onde se cruzava os mangais por trás da região de Maria Angú
Obrigada.
Abraços.
A rua Uranos era um dos caminhos para Petrópolis. Existe até hoje um marco indicando o quilometro.
Governar, naquela época, era coisa séria.
André,
Veja neste endereço a foto do marco, que tem histórias interessantes sobre esta região da Leopoldina: http://www.favelatemmemoria.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=79&sid=2&from_info_index=16
Pelo link do Antolog temos a respsota para o Rafael, o caminho para Petrópolis na ordem de descida: Eles vinham, chegavam em Vigário Geral, entravam pelas ruas do Km2, Maceió, Itabira, Brás de Pina, Rua Uranos, Democráticos, desciam pelas ruas São Luiz Gonzaga, e chegavam na Estação de Ramos.
Ou seja o trevo das Missões dá de forma quase direta na Av. Brás de Pina, era aonde os dois caminhos se encontravam.
Esse Trevo hj está um caos!!! Abandonado, sujo, assim como o resto da cidade.
Bairros de minha infancia, as ruas do Km 2 vinha pela Av Pres Kennedy atravessava Caxias seguindo direto pessava por Vigario Geral e emendava com a Av do Bras de Pina(Antigo Fazendeiro)indo até a Rua Itabira, que margendo a estrada de ferro,na Penha,Olaria,Ramos, Bonsucesso, chegava até a Av Dos Democráticos indo encontrar com a Av Suburbana em Vieira Fazenda,hoje entrada da favela do jacarezinho. Como o André falou, realmente um trecho muito sinuoso.
Mas que belo registro. Muito bom ver os melhoramentos de nossa primeira “auto-estrada”.
Ah bom, eu achava que o antigo caminho de Petrópolis ia beirando sempre a linha da Leopoldina.
Mas a sequência de ruas citada no texto não bate, as ruas Uranos e Democráticos ficam em Bonsucesso, já depois de Ramos pra quem vinha de Petrópolis.
Belo registro.
A “emenda” da Av Brasil com a Av das Bandeiras, então, se deu um pouco depois desse evento, certo?
Mais ou menos nessa época Wagner, a Av. das Bandeiras foi sendo feita em trechos, um dos primeiros é após Lucas