Vemos o movimento de carros no sinal da Av. Beira Mar com Rua Teixeira de Freitas no final dos anos 20.
O prédio em destaque é o conjunto Teatro e Cassino Beira Mar, construído em 1921 para Exposição do Centenário da Independência em 1922 por cima do antigo Terraço do Passeio Público. O prédio foi construído com a finalidade, servir como hotel para turistas estrangeiros e sendo aparelhado com restaurante, salões de festas e jogos e gabinete de leitura, além do pergulato superior com vista para a Baía de Guanabara, o que não deu certo.
A firma que conseguiu a permissão de construção, a Rio-Cassino quebrou deixando o prédio inacabado, tendo ele sido adquirido pelo município em um leilão.
Em 1924 as obras começaram adaptando o conjunto de prédios em teatro e cassino, tendo a firma Viggiani & Lapport ganho a permissão de exploração por arrendamento do conjunto por 9 anos sendo a inauguração deles nestas funções em 1926.
As obras foram mais longas que se imaginava e também muito mais custosas a Viggiani & Laport pleiteou um aumento no prazo de concessão, e esta foi estendida por mais 9 anos, ou seja, em 1944 o prédio deveria ser devolvido à municipalidade por extinção do contrato que tinha tempo determinado.
Porém em 1934 a prefeitura através de decreto extinguiu o contrato e retomou o controle dos prédios, porém não sem custos a administração. O Teatro foi então cedido à Escola Dramática do Theatro Escola, por apenas 2 anos.
Em 1937 na administração Dodsworth o prédio foi demolido, pois além de estranqular a saída do Centro via Beira Mar, tampava a vista do Passeio Público, o que foi comemorado por muitos urbanistas, pois afinal o bolo de noiva neo-colonial, que nunca deveria ter sido ali construído ia ao chão.
Do prédio projetado pelo escritório de Arquimedes Memória, no típico estilo neo-colonial exagerado da Expo de 1922 nada sobrou, sendo ano passado na restauração do Passeio Público achados em prospecção arqueológica restos de pisos e salas do prédio.
Mas infelizmente, o belo Terraço do Passeio nunca mais foi reconstruído.
Comments (13)
Era um belo prédio, apesar de tudo.
Mas não era para ter sido construído.
Já que foi, não deviam ter derrubado.
É um desperdício danado de dinheiro!
Gostei da fotol
Fico impressionado com todos os prédios das exposições de 1908 e 1922 que vieram abaixo.
http://fotolog.terra.com.br/luizd
Uma loucura de dinheiro posto fora !
Já imaginou o “toma-lá-dá-cá” que isto gerou e quanta gente papou uns cobres nessas negociações todas ?
Não tinha visto essa, angulo novo.
http://www.flickr.com/photos/andre_so_rio/
Que crime derrubarem um prédio tão belo!!
Mas que ele era bonito, ele era…
Estou maravilhado com o ônibus e o semáforo. Será que haveria a possibilidade de colocar a imagem em alta na minha página ?
Memória do Transporte Público
www.rota.notlong
[email protected]
Estou te enviando, não é grande coisa em termos de qualidade, mas acho que quebra um galho !!!
Abraços
O que está escrito na fachada?
A demolição foi rapidíssima, acompanhada dia-a-dia pelos jornais. Coisa de muito poucos dias. Um feito de engenharia para a época.
(Embora eu concorde com o Derani: não deveriam ter sido construídos, não deveriam ter sido demolidos)
Desapropriaram o prédio com a desculpa de que sua estrutura estava frágil. Para evitar recursos na Justiça e uma batalha nos tribunais com a proprietária, a Prefeitura decidiu fazer uma demolição bem rápida. O monstrengo, contudo, resistiu bravamente a várias cargas de dinamite, durante semanas…
Tenho um livro sobre o Teatro e Cassino Beira Mar. Se achar, te empresto.