Nessa foto de Malta vemos a parte do Morro do Castelo, a qual segundo historiadores, era uma das partes mais formosas da velha e histórica colina.
Inicialmente conhecida como Ladeira do Poço do Porteiro, por dar acesso a uma das poucas fontes de água potável na região, um poço na casa do porteiro da câmara, foi também a via responsável, ainda nos tempos que a cidade ensaiava a descida rumo às planices, para a aguada da cidade no Rio Carioca, inicialmente no braço que desaquava no pé do Outeiro.
Posteriromente com a construção de um seminário em um terreno que se estendia por uma das abas do morro, ela ganhou esse nome com o qual desapareceu.
O fotógrafo está no Largo da Mãe do Bispo, o hmem que caminha na boca da ladeira, se fosse transportado imediatamente para os dias de hoje se encontraria quase no meio fio da Cinelândia com a Av. Rio Branco. O bonde que vemos parcialmente, já elétrico, vinha ou ia para rua da Guarda Velha, pegando um trecho da rua da Ajuda, para chegar no Passeio.
O renque de palmeiras a direita, já dentro dos terrenos do seminário ficavam mais ou menos onde hoje é a BViblioteca Nacional, na foto podemos perceber que todos os sobrados já estão sendo demolidos pelo Bota Abaixo.
Comments (18)
Lindo lugar.
Imagino um centro muito mais bonito caso este morro ainda existisse.
Caramba, tive que fazer um verdadeiro malabarismo mental para me localizar…
Ótima foto, ótima descrição!
Era uma Bahia dentro do Rio .. parece muito Salvador.
Essa foi a parte do Castelo arrasada por Passos. Como eu já falei outras vezes, é a única destruição que eu tolero no Morro do Castelo. Mas parece que chegou a desalojar o antigo Seminário.
O fotógrafo estaria em frente ao Teatro Municipal, ou mais pro meio da Cinelândia?
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto
o fotógrafo estaria mais ou menos no meio da Cinélândia, postado alinhado com a metade do prédio da Câmara dos Vereadores
Se esse morro existisse com certeza estaria favelizado. Alias ele ja estava qd foi destruido. Fizeram muito bem em po-lo abaixo.
Excelente explicação 🙂
Quando eu abri a página e li de relance a palavra Malta, achei que fosse um post internacional… só depois desfiz a impressão hehehe
Abraços!
ótima descrição
Concordo com Derani: lembra muito Salvador…
Nossa!! Não o imaginava tão bonito!!
discordo do edubt, alem de não resolver o problema de habitação, será mais facil destruir a história da cidade do que ter algum tipo de política habitacional?
por essa mentalidade de pensar localizadamente (e por coincidencia na orla) que essa cidade esta sendo invadida pelo mar vermelho-tijolo dos barracos.
A destruição do Morro do Catelo é algo que muito me incomoda no processo de urbanização do Rio…
acho q morei lá em outra vida! rsrs
Esta foto prova que o Morro do Castelo tinha seus “altos e baixos”. Realmente, ela já estava semi-favelizado, e isto fica claro nos livros da época (ver p. ex. Esaú e Jacó, de Machado de Assis). O bairro da Misericórdia, que não era no morro, era quase um imenso cortiço. Desconfio que o arrasamento foi muito mais para eliminar as casas do que o morro em si. Não deixa de ser um tipo de “política habitacional”.
Mas a própria Salvador, mencionada, é o exemplo de que é viável preservar e revitalizar uma área histórica já completamente degradada, como era o Pelourinho.
Curiosas as guirlandas em quase todas as casas. Deviam fazer parte da festa de início das obras de demolição. É importante lembrar que Malta, quase sempre, era um documentador da Prefeitura, e não um paisagista. Suas fotos são quase sempre motivadas por algum evento ocorrido ou a ocorrer.
http://www.flaviorio.globolog.com.br
As guirlandas são típicas de sonelidades políticas da época !!!
Olá André! Criei um fotolog sobre o Carnaval do Rio e vi que você tem algumas fotos do Carnaval do Rio antigo por aqui. Gostaria de saber se tenho permissão para postá-las lá no meu fotolog. Desde já agradeço, um abraço.
André, adorei “se transportado para os dias de hoje” . A imagem se formou imediatamente na minha mente (epa, rimou !). A derrubada do Morro do Castelo, assim como também o aterro do Flamengo, seria impossível nos dias de hoje. Imaginem o escarcéu que fariam os ecologistas.Obrigada pelo belo texto.
Abraços,