Minha avó e tia avó Maria, mais um amigo de meu bisavô posam num clima descontraído nas amuradas da Av. Beira Mar no início da praia do Flamengo.
Quase não há movimentos de veículos, vemos apenas um solitário carro virando em direção ao Russe, e também chama atenção a cor das pedras do arrocamento.
Elas são supreendemente claras, o que pode ser um atestado da baixíssima poluição da baia por derivados de petróleo e outros produtos químicos.
A data provável dessa foto é 1926/27, bem no fundo só visível em alta resolução vemos as dragas e guindastes responsáveis pelo aterro da região do Castelo, bem como as cúpulas de alguns pavilhões da Expo de 1922.
Foto do arquivo de família
Comments (16)
A insanidade eram as roupas, sempre fechadas até a alma. Tudo bem, era elegnte e coisa e tal, mas o sofrimento com o calor do Rio… E esse papo que o Rio era mais fresco é balela, senão a familia imperial não fugiria pra serra.
:-))
É impressão, ou a praia era estreita mesmo?
André, com todo o respeito e já pedindo perdão, esta foto está uma nevasca só.
Tudo ai é claro, o arrocamento, o solitário carro, o amigo do bisavo, a avó e a tia, e não apenas as pedras que atestam uma agua não poluida.
Acho que voce anda tomando Veedol escondido…
:-)))
Belíssimo resgate da memória do Rio em foto de acervo pessoal.
Discordo do sr.Tutu.
Aposto que esse belo terno era puro linho, material bem de acordo ao calor do Rio. E as meninas estão bem fresquinhas em seus trajes de verão, provavelmente em cambraia.
Hoje, no lugar de cambraias e fustões, os tecidos sintéticos esquentam muito mais. E continuamos a fugir para a Serra. Sou mais a elegância.
Assim que a foto abriu, me enganou. Por um segundo, pensei ser a mureta da Urca. Mas logo se desfez o equívoco.
Belo post!
Concordo com meu cumpadre Zé !
O ponto alto da foto, na minha opinião, são os sapatos de duas cores do amigo de seu bisavô, combinando perfeitamente com o alinhado traje branco e com o elegante chapéu…
Abração!
A foto está superexposta. Por isso está tudo claro..
Isso é próximo ao Glória.
Très Chic !
A mim também chamou atenção a gravata borboleta e o chapéu panamá… É panamá, não é mesmo?
E os postes de luz ao longo da Avenida também são dignos de nota.
Sapatos assim necessitavam de um trato todo especial. Não devia ser fácil mantê-los elgantes como esses da foto do amigo do bisavó do Andresíssimo.
O terno, da mesma forma, deveria ser alvejado, passado e engomado por esquisitíssimos chineses da Rua do Catete.
Já o chapeu de palhinha, talvez Marcatto ou Prada, da mesma maneira, obrigava ao possuidor um cuidado todo especial da qual faziam parte óleos, pomadas e pastas importadas que, garantiam não só o brilho, como a impermeabilidade do utilíssimo acessório.
Quanto à elegância propriamente dita, essa vem do berço. Reparem no corpo ereto, perna trançada, mãos repousadas sobre o colo; não há dúvidas, era um dândi.
Chuto que esta foto tenha sido tirada em frente à casa da família, já mostrada pelo Decourt, que ficava bem no início da Praia do Flamengo, logo antes do Hotel Novo Mundo.
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto
Matando o ofídio e mostrando a borduna:
http://ubbibr.fotolog.com/andredecourt/?pid=11388356
Não era exatamente uma casa, era um hotel, mas a família morava lá.
Os trajes do cavalheiro vêm da nossa já famosa mania de copiar costumes dos estrangeiros,chegando até à irracionalidade de não levar em conta o clima. Nessa época a moda era imitar os franceses. Hoje , queremos ser como os usamericanos.Bem , nem tanto, parece que nas questões das roupas já estamos nos adequando ao nosso clima tropical.
Gostei das carinhas sapecas das meninas.Um abraço a todos
Ela era uma vanguardista. Como Napoleão foi. A inteligência, o gênio… Tem doido no hospício que acha que é NAPOLEÃO!!!! RS