Nessa foto certamente tirada de helicóptero na linha da av litorânea, hoje Av Sernambetiba, mostra essa região da Barra da Tijuca completamente deserta apenas com a BR-101, e a nova via de penetração sendo realizada como parte do plano Lúcio Costa.
O grande trevo conhecido como Cebolão ainda estava sendo construído estando ainda sem a pavimentação e com os viadutos ainda não completados.
Nenhuma das vias residências que existem hoje, pertencentes aos condomínios Nova Ipanema e Alpha Barra, ainda existiam, o que vemos é vegetação rasteira de restinga e muita areia.
A grande clareira que vemos na parte esquerda superior da foto certamente é a construção do Aeroporto Executivo, segundo o plano de Lúcio Costa, hoje Aeroporto de Jacarepaguá, que curiosamente hoje está dentro da Barra, bairro que não só cresce em população, como também de limites, estes expandidos por espertalhões da indústria da especulação imobiliária.
Comments (39)
Sensacional! Quando foi construído isso?
Essa configuração deve ter durado pouco mais de 10 anos. Pelo que eu me lembre no final dos anos 70/início dos 80 as avenidas já tinham sido duplicadas e o Cebolão totalmente modificado, com os dois viadutos que lá estão hoje. O Guia Rex continuou mostrando o desenho antigo, embora mostrasse as pistas duplicadas.
Uma curiosidade que eu tenho é quais seriam as “vias” da Barra? Sei que a Via 11 é a Ayrton Senna, a 9 a Salvador Allende, e a 5 é a Abelardo Bueno. E as outras (pelo menos) 8?
Rafael, vou tentar descobrir aqui e te digo
Aquilo era o fim do mundo. Minhas idas com a familia para a casa do meu tio no Recreio dos Bandeirantes eram verdadeiras viagens, numa época sem Dois Irmãos, Elevado do Joá e pista em mão dupla.
Incrível!
Íamos de carro para a Barra, por puro prazer de dirigir no meio deste deserto todo.
Quem poderia imaginar que a ocupação da Barra se daria na velocidade que se deu.
Que oportunidade perdida de fazer uma expansão ordenada da cidade, com toda a infra-estrutura (desde um transporte coletivo decente, tipo metrô, a um saneamento básico que preservasse o meio-ambiente).
Pobre Barra, pobre Rio.
http://fotolog.terra.com.br/luizd
As lembranças mais antigas que tenho da Barra são das compras de mês no então novo Carrefour, por volta de 1979, 1980. Lembro da confusão e do engarrafamento na Gávea, já com Dois Irmãos mas sem a Lagoa-Barra (mesmo com 5 anos eu achava estranhíssimo aquele tunelzão acessado por duas ruazinhas…)
A Av. das Américas já era duplicada, mas a ponte do Canal de Marapendi não, lembro-me perfeitamente do estreitamento de pista e das placas que havia ali.
Já havia prédios, mas eram muito esparsos… Nova Ipanema, Riviera dei Fiori (lembro da inauguração), as torres do Athaydeville eternamente em obras. Motel Dunas no meio do nada, Clube Marapendi (ainda existe?) também.
No começo da Barra as ruas eram de terra, tirando a Olegário Maciel. A Praça José Bernardino era um pântano. Íamos a uma churrascaria na esquina de uma daquelas avenidas (Alda Garrido?) com a Olegário Maciel, tudo de terra, parecia coisa de beira de estrada no interior.
E isso há pouco mais de 20 anos. Na época, Botafogo, Centro e Copacabana já eram praticamente o que são hoje.
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto
Essa foto está errada. Esse local é na verdade a BR-101 no trecho em que a ponte caiu, em Silva Jardim, tirada há 30 anos… 😀
Lucia, não é a Eugênio Jardim… é SILVA JARDIM !!
:-)))))))))
Essa foto mostra bem porque eu detesto a Barra. Não tem árvores! Nunca teve. Só uns arbustos espinhentos que, quando perdem os espinhos na areia ainda espetam o pé da gente…
Eu acho que a área onde hoje existe o Rio de Janeiro deve ter sido toda assim antes da cidade existir.
Só arbustos, lagoas, pântanos, mangues e areia.
Florestas só nos morros.
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto
Agora que eu reparei… não havia ponte sobre a Lagoa de Marapendi. Parece que só havia uma passagenzinha ali no meio, e diques na maior parte da largura da lagoa.
Aliás, outra do Guia Rex, ele chamava essa ponte de “Santos Dumont”, que na verdade é aquela que o Luiz D’ mostrou, após o Via Parque. Enquanto isso a verdadeira Santos Dumont era chamada de “Plácido de Castro”, que é o nome da ponte sobre o Canal do Anil, mais adiante, e que não aparecia no Guia…
O que será “troxeram”. É do verbo “troxar” ?
Eu tenho uma foto da inauguração da Santos Dumont em algum lugar aqui …. vou procurar
O nome desse bairro devia ser RIO ESPERANÇA.
Eo to com a ligeira impressão que o Andre que se mudar pra barra e arredores… é Via 11, Grajau/Jacarepagua…
:-)))))))
Olhando assim parece até que voltamos a 1896 quando Mr.Henry M. Flagler, um espertalhão especulador olhou a região de Miami, e resolveu explorar a única coisa que havia sobrado da região: o potencial turistico. Fundou um hotel chamado Palm-qualquer-coisa e investiu em velhinhos e ricassos mafiosos.
E turismo era a única saída porque, diga-se de passagem, os colonizadores europeu haviam rapinado tudo que puderam inclusive, com a ajuda da santa igreja católica, dizimar os índios da região.
Portanto, Mr Flagler foi o “chinês da barra da época” em Miami. Claro que aqui tivemos os especuladoreszinhos menores que, molhando a mão daqui e molhando a mãoo dali, foram tonando a Barra o paraíso dos espertalhões.
O símbolo disso tudo é aquela estátua da liberdade que o Peres erigiu em frente ao seu shopping; um monumento ao mau gosto, ao “maquismo de imitação” e a vaidade que só a classe “merdia” sabe ter com proficiência.
Vou muito pouco à Barra e, quando vou, me sinto parte de um projeto que alguém jogou na lata do lixo numa empresa de arquitetura dos anos 50. Aí, alguém foi na lata, pegou aqueles papéis, passou a mão por cima alisando como um ferro de engomar e pau na máquina.
E ficou essa mistureba de estilos, tendências, formas; todas com uma só característica: tremenda cafonice.
Se era pra fazer essa merda, melhor deixar do jeito que está na foto.
(hoje acordei com um jeito leflaneur de ser)
Eu troxo, tu troxes, ele troxe, nós troxemos, vós troxeis, eles troxem.
Caramba e pensar que a Ayton Senna um dia foi essa tranquilidade…
Show de foto…
Acho que a região pós-Grota Funda ainda é parecida com isso aí. Pista simples e tudo.
estou pasmo
Muito Bom, Foi tirada daquele livro “Rio 70”?
No filme “O diamante cor de rosa” também aparecem umas tomadas aéreas da Barra e São Conrado.
Abraço
No final da década de 60, foram construídos os primeiros prédios ao longo atual Avenida das Américas, em terreno do Clube Marapendi, em frente a um local ainda com mata nativa, onde se faziam as filmagens de Irmãos Coragem, ainda em p&b. Eram ali a cenográfica Coroado. Depois foi construído o Supermercado Carrefour, o primeiro da Barra. Só havia comércio no Centro da Barra.
Os prédiozinhos do Marapendi ficaram solitários ali até mais ou menos 1972/75, por aí. Nessa época foi construído o primeiro espigão, ao lado dos prédiozinhos de dois pavimentos do Marapendi: Nova Ipanema. Daí para a frente foi rapidíssimo o boom imobiliário na Barra. A Barra tinha dois “donos”. Um deles era o japonês, dono da Hasta imobiliária, que construiu o clube, os prédios e a hípica de Marapendi. O outro eu não me lembro quem era, mas sei que a briga era grande entre os dois: disputavam quem destruía a Barra da Tijuca primeiro e com mais afinco.
lendo os comentários, vi que o AG tem razão: não era japonês, era chinês…
Japonês não, Ana ele é conhecido como o ChiNes da barra, o outro era um espanhol..eu acho…
Mas o que não há dúvidas é que eram dois grandes grileiros !!!
A Barra da Tijuca é o unico bairro do Rio de Janeiro que não tem favelas ( apenas algumas CPOs.)é igualmente o unico que não está em processo de decadência … e isso é muito – eu diria …tudo!
Como assim não tem favela na Barra, Fco Patrício? Tem montes! Esqueci do nome mas é uma gigantesca, maior poluidora da lagoa, tendo área inclusive sobre palafitas.
Como assim não está em processo de decadência, Fco Patrício? Como é que vc mede a decadência de um lugar? Eu diria que a Barra já nasceu decadente, mas isso, acho, é questão de ponto-de-vista.
Na realidade a maioria das pessoas consideram a verdadeira Barra da Tijuca a area compreendida entre a Lagoa de Jacarepagua e a costa. E aí havemos de convir que não tem favelas mas sim apenas algumas CPOs (Cabeças de Porco Organizadas) bem escondidas. Os moradores da favela a que se refere “Rio das Pedras” da Mozema e da Tijuquinha …na verdade …não podem afirmar que vivem na Barra. Mas que poluem a lagoa nisso você tem toda a razão (aquilo vai acabar num pântano). Sobre o meu critério de decadência de um lugar – minha avaliação leva em conta o esplêndor passado do mesmo e a atual situação. No caso da B. da Tijuca , até por ser um bairro muito jovem , não existiu ainda esse movimento. Repito – em uma analise restrita á area geografica que lhe falei anteriormente. Em virtude de ser um lugar emergente e muito impessoal a sua história e seu charme são bem reduzidos.
Quem frequentava a praia da Barra a 30 anos atrás vai dizer: a Barra da Tijuca não é mais a mesma.
Quem pescava (!) no canal da Lagoa de Marapendi a 30 anos atrás vai dizer: a Barra da Tijuca não é mais a mesma.
Quem assistia corrida de submarino na Av Sernambetiba a 30 anos atrás vai dizer: a Barra da Tijuca não é mais a mesma.
Quem passeava de barco pela Lagoa da Tijuca a 30 anos atrás vai dizer: a Barra da Tijuca não é mais a mesma.
A Barra oferece hoje muitas ofertas de lazer e consumo para seus moradores e frequentadores. São ofertas muito diferentes das oferecidas por esse mesmo lugar a 30 anos atrás. Fica difícil até comparar, mas para quem realmente frequentou aquele lugar a 30 anos atrás, não há a menor sombra de dúvida: Quanta decadência…
Decadência é um conceito pessoal, claro. Alguns pensam até que é um conceito relacionado a ter muito ou pouco dinheiro.
RIO ESPERANÇA, a cidade que espera e nunca alcança.
Onde tudo acaba em samba.
A disputa pela Barra ficou entre o chinês Tjong Hiong Oei, sócio da Empresa Saneadora Territorial e Agrícola S/A – ESTA e o libanês Mohamad Ismail El Samab, sucessor do espólio de Abílio Soares de Souza, que brigou na justiça para ter reconhecido os seus direitos. A justiça confirmou em 13/06/2000 a posse das terras para o libanês.
Até aqui aparecem defensores da Barra, devem ser profissionais liberais ou aposentados que não precisam ir ao mundo de verdade, ficam trancados em seus condomínios defronte aos computadores no 15º andar do prédio (pra fugir do mau cheiro, mosquitos e barulho), fazendo de conta que trabalham.
A Barra que foi projetada nas pranchetas de Lúcio Costa não tem nada a ver com o aborto que se tornou hoje em dia.
A cidade do Rio está em decadência, é verdade, mas a imagem da decadência do Rio é a Barra, pra onde todos querem fugir para não enfrentar os problemas da cidade “de verdade” que está além túnel, essa sim a cidade que eu amo e vivo.
A Barra, como Brasília, é fruto de uma idéia dos anos 50, espelhada nas cidades americanas, que muitos aqui consideram equivocada.
Uma cidade com amplíssimos espaços, com largas avenidas cercando condomínios e setores comerciais. Muita organização, verde, muito arejamento, muito sol… o oposto de Copacabana.
Só que ao mesmo tempo, uma cidade de moradores sobre rodas, sem esquinas, sem ruazinhas, sem padarias, sem quitandas, sem passeios. Sem convivência, sem vida.
A Barra de hoje parece ser a mistura do pior do plano Lúcio Costa (carro obrigatório, falta de convivência) com o pior do restante da cidade (adensamento onde não deve e edifícios de apartamentos com 20 andares).
Pois é Rafael a única parte humana da Barra hoje é a parte que foi “urbanizada” nos anos 40 e 50, Barrinha, Tijucamar e Jardim Oceânico, o resto da Barra virou uma criança com sérias deformações do plano do Lúcio Costa.
O Metrô nunca veio, onde haveriam casas, em ruas tramadas para evitar a circulação de passagem de carros subiram condomínios, a Av. Grande Canal, fundamental para o tráfego local da Barra nunca saiu do papel de toda.
A Av. das Americas é um rascunho mal acabado do que fora planejado, a região de Curicica é especulada e engolfada pela Barra numa ampliação dos limites do bairro.
As lagoas onde se devolveriam polos náuticos e marinas servidas pelos clubes agoniza, e se transforma numa cloaca.
Enquanto isso o Carioca, se ilude e foge para a nova Copcabana da cidade, uma Copacabana que nunca terá o charme da original, que velha e decadente, muito pela omissão do poder público tem um grande vantagem…faz-se tudo a pé, e tem qualquer serviço a qualquero hora do dia.
Amanahã volto a postar, uma série sobre a Intentona Comunista
Decourt, você tem respostas para as dúvidas que mandei por e-mail? 2 ou 3 posts meus dependem disso…
A propósito, onde são exatamente Barrinha, Tijucamar e Jardim Oceânico? Só sei que são o “início da Barra”.
Rafael, não consegui achar informações sobre a numeração das vias, na minha época de estagiário eu sabia as vias porque estava mexendo com processos de desapropriaçào daquela época, mas aqui em casa infelizmente não achei nada.
A Barrinha é aquela parte abaixo da estrada do Joá, onde há o Oswaldo a rua dos moteis, é a primeira região da Barra, data dos anos 30 ou 40
O Tijucamar é a parte da Olegário Maciel até o Quebra Mar, vc pegando o mapa verá que ele tem o traçado diferente do Jardim Oceâncio que sempre tem as ruas partindo de praças, o Primeiro é do início dos anos 50 e o segundo do final dessa década
atualiza!!!!!!!!!!!!!!
ok, o trecho considerado Barra da Tijuca pode até não ter favelas “oficiais”…mas em seus luxuosos apês, quer dizer, mansões empilhadas, devem viver alguns grandes traficantes desconhecidos que não gostam de aparecer…gente influente né…
Só lamento pessoal sinto muitas saudades via. 11 eu e meu pai num gordini parado sobre uma ponte de madeira pesacando siri para o almoço eu era feliz e não sabia , hoje só vemos destruição chamada progresso!!
Aonde está vc André`d court