Nosso foto de hoje foi enviada pelo amigo Carlos Ponce de Leon de Paiva, e é de autoria de Malta.
Nela o fotógrafo da PDF mostra o “trecho norte” da exposição, e curiosmanete um dos trechos mais conhecidos, possivelmente pela área de marinha e grande esplanada acompanhado os pavilões de festas estatísica, caça e pesca, concerto e da música, além claro do parque de diversão e o pavilhão da cervejaria Antártica.
Em destaque temos a torre do Pavilhão das Grandes Indústrias, construída por cima do velho Forte do Calabouço. Com quase 30 metros de altura, era juntamente com a cúpula do Pavilhão dos Estados o ponto mais alto da exposição, certamente sendo visto desde a entrada da barra da baia.
Conta-se nos livros que comentam a exposição que nessa parte do grande pavilhão, que tinha sido construído utilizando não só o velho forte, mas também o velho Arsenal de Guerra, um salão de chá, que possivelmente ficava no segundo andar da construção, que devia ter uma vista fantástica antes dos demais aterros da Ponta do Calabouço, iniciamente para o “portão monumental de entrada do Brasil” do Plano Agache e depois para o SDU.
Essa parte do pavilhão ficou de pé até o final dos anos 30, quando foi demolido, juntamente com um pedaço do Pavilhão de Festas para a abertura da Av. Gal Justo, já seguindo os planos pós Agache para a Esplanada.
Chama também a atenção a pequena área de atracação, que foi aterrada logo depois da exposição e a frente falsa do Mercado Municipal, feita apenas para integrar o conjunto de ferro fundido ao estilo da Belle Epoque à atmosfera neo-colonial da feira.
Nos desculpamos pelo pequeno número de postagens nessas últimas semanas, é que estamos reformulando todo o site e trazendo todos os arquivos que estavam no fotolog.com, antes que se percam. Pela total confusão dos servidores, deles, está sendo tudo subido da “mão” , já estando disponível aqui no site os post´s de 2003 e grande parte de 2004, que em breve serão ainda mais bem organizados.
Desde sempre, os prédios sendo alterados e descaracterizados. Hoje no Globo saiu a notícia que a antiga sede da Sul-América será “retrofitada”. Veremos como ficará. Li também que o prédio que foi reformado na esquina da Sen. Dantas, perto da Cinelândia, será reaberto agora em setembro.
Na verdade os brasileiros (ou seriam americanos em geral) estão fazendo o que os europeus fizeram há centenas de anos. O Velho Mundo está cheio de construções com origem milenar que foram sendo alteradas ao longo dos séculos.
Quanto ao prédio da Sul América já havia sido anunciado há bastante tempo, desde que começou a construção da nova sede na Cidade Nova. A matéria do Globo diz que a fachada será preservada com todos os detalhes e que o interior seria modificado para abrigar lojas no térreo, talvez algo nos moldes do Shopping Light de SP. Por outro lado o prédio está em processo de tombamento pelo IPHAN que talvez limite as intervenções.
Retrofit é uma faca de dois gumes dependendo da intenção de quem faz a obra, em alguns casos o acabamento original é respeitado como no Ed. Guarujá, e em outros o prédio vira uma mera “casca” para uma construção totalmente nova, como no conglomerado Petrobrás no Castelo.
Ao lado da de 1908 esta é mais uma exposição que gostaria de ter visto ao vivo e a cores. Pena que pouco restou dela.
Não era por aí também onde atracavam os hidro-aviões?
Era sim, mas pós aterro da doca, mais ou menos onde está aquele pier coberto
Vejo uma ponte no fundo da foto que desconheço,
vai de onde para onde?
Era a ponte pencil do Arsenal de Marinha, tenho uma bela imagem dela, fica para depois !
Decourt, respondendo ao seu comentário feito em http://fotolog.terra.com.br/bfg1:961
, salvo erro meu, vendo http://fotolog.terra.com.br/bfg1:677 o local do terreno do prédio da Vogue , hoje faz parte do canteiro central da Av. Princesa Isabel.
Nessa atracadouro ai ao lado direito, atracaram vários hidroaviões que chegaram ao Rio neste ano de 1922. O mais famoso foi o de Gago Coutinho e Sacadura Cabral. Curiosamente esta mesma região abrigou o Terminal de Hidros e o Aeroporto da Cidade.