Vemos o convento do Carmo, como ele está hoje, mas poucos anos depois ele foi descaracterizado por uma reforma eclética, que o transformou num pastiche, foi restaurado na década de 70 voltando aos seus traços coloniais .
Podemos ver na foto também um pedacinho da igreja de São José, e o início da rua da Misericórdia, bem como o morro do Castelo no horizonte .
À extrema direita temos uns tapumes que são da construção da nova torre da Igreja do Carmo, antiga Sé, torre essa que chega aos nossos dias com risco de desabamento, parece que igreja entrará num grande processo de restauração, pois que passa hoje pela rua 7 de Setembro e Carmo só vê escoras .
O convento do Carmo é a construção mais antiga da cidade (embora da original sobre pouca coisa), após o arruinamento do morro do Castelo, dizem os historiadores que aos carmelitas foi oferecido o morro de Santo Antônio, mas os religiosos não gostaram muito do sítio, cercado de lagoas, e no fim da cidade.
Os religiosos então se interessaram pela pequena ermida dedicada à Nossa Senhora do Ó e em 1590 tomaram posse dela, a partir desta ermida o convento começou a ser construído, e ficou de posse dos frades até a chegada da família Real, quando foram despejados, e o convento utilizado para guarda de forma provisória os livros trazidos junto com a fuga, e que deram origem à Biblioteca Nacional
Foto de Malta
Comments (50)
O Convento do Carmo. Está cuidado, pelo menos. Já a Catedral da Antiga Sé está desabando. Lá foram coroados os dois Imperadores do Brasil, tem a ossada de Pedro Alvares Cabral, um capítulo lindo, com imagem do Senhor dos Passos. Grande parte de seus adornos estão guardados, pois até candelabros de prata eram roubados à luz do dia. Há infestação por cupins. A igreja é muito frequentada por quem é devoto de N.Sra.das Cabeças, que tem imagem lá. Eu, quando ultrapasso certos limites, e a cabeça parece que vai explodir de bile, corro pra lá e acendo logo uma vela. De longe, claro, para não explodir.
Muito boa a foto!
A qualidade dela parece ser muito boa e é bastante nítida, nem parece ser de 1906!
Parece q foi tirada agora.
Abs!
Eduardo
tive uma aula sobre o morro do castelo ontem, na disciplina Geografia da Cidade do Rio de Janeiro, no curso de geografia da UFRJ, com o Mauricio de Abreu. Muito foda.
Estou impressionado com a altura desses postes que aparecem na foto!
Zé o Centro nessa época era cheio desses postes, acredito serem telefônicos ou Telegráficos e amanhã rola ???
Gostei da receita dada pelo Lefla…!!
Claro, me liga que dou a dica de local e hora!
ainda nao tinha visto uma foto do morro do Castelo deste angulo. Pelas outras fotos que eu tinha visto, me pareceu que ele ficava mais para o lado da baía.
Parece que nos dois últimos postes, existe uma plataforma de observação que seria acessada por uma escada de marinheiro. É isso mesmo??
Que foto linda. É muito bom poder ter acesso a documentos como este.
muito boa essa foto!!
Acho que aquelas plataformas eram para a manutenção das linhas, existiam várias delas espalhadas como podemos comprovar vendo essas fotos principalmente deste período.
Outro ponto interessante é que no Paço Imperial nessa época era o departamento Central dos Correios e Telégrafos, as linhas deviam todas convergir para o prédio
sempre uma nova viagem!! 🙂 muito bom!
Ali numa plaquinha que se lê na esquina de 7 de Setembro com Primeiro de Março ficamos sabendo que “daquele ponto ouviam-se os gritos de D. Maria a Louca” mãe de D. João VI. Fica-se, portanto, imaginando que a coitada da D. Maria gritava lá do Paço Imperial e se ouvia daqui de longe. Mas na verdade, corrija-me o André se estou errado, D. Maria estava morando no Convento do Carmo depois que a família imperial botou os padres de lá para fora e assumiu o casarão. Parece que ali também começou, virtualmente, a “Bliblioteca Nacional” porque parece que no convento ficaram os livros que vieram de Lisboa.
Esse angulo mostra bem o limite sul do centro da cidade, pois do outro lado, totalmente isolada, ficava a Santa Casa da Misericórcia, que somente era alcançada por uma estradinha que saía da altura da igreja de Santa Luzia, que era em frente à praia de mesmo nome, a cidade somente existia nesse trecho da foto, terminando do outro lado no Mosteiro de São Bento.
Álvaro v/c está certo, D. Maria a Louca morava no Convento e fazima sempre passeios para a região conhecida como Águas Férreas a prescrição médica para ver se beber as águas que desciam das encostas melhoravam a loucura da rainha, tanto que no topo da rua Cosme Velho ha uma velha bica chamada de “Bica da Rainha”
Hoje passei por este local…
Excelente foto e comentário. Já vi outra foto com o mesmo ângulo. Só não me lembro a data.
Abçs e bom fds.
Ninguém mais que D. Maria a Louca, sufocada e abrasada naqueles corredores do convento, para gritar desesperada: ” – Isso aqui é o quinto dos infernos”!!! No que, cá pra nós, naquela época insalubre, ela não deixava de ter razão. Imaginem só: nós hoje com cinema, televisão, satélite, Internet, aviões quase supersônicos, quando vamos daqui para Lisboa ou Madrid ou Roma, sentimos uma diferença danada, imaginem o que seria aquela corte européia dando os costados por essas bandas além-mar. Devia ser um desespero insuportável. E D. Maria gritava, coitada, gritava.
Dona Maria não gritava tanto. Ela se sentava num canto, dizem, e ficava como uma galinha, cacarejando, por dias.
Quando ía às Águas Férreas, onde há a Bica da Rainha preservada, ela ía acompanhada de várias damas de companhia que a cercavam para contê-la em seus desvarios.
Era o surgimento da expressão “Maria vai com as outras”, uma pessoa sem vontade própria que acompanha as demais.
Dom João era gente boa… Ele tinha distúrbio alimentar, rs, uma espécie de Diana às avessas.
De tanto falar em loucura acho que estou vendo coisas. Desde o início achei a foto fantástica. Pensei até: parece uma auarela daquelas inglesas. Mas agora, olhando a foto mais detidamente, estou reparando (ou ficando louco) que a foto tem umas manchinhas coloridas interessantíssimas por exemplo nas bandeiras, nos cartazes e nas janelas ao longe. É isso mesmo ou a vingança de D. Maria que se abateu sobre mim ?
Alvaro que barato é esse que v/c está tomando ??
Olha, está havendo aqui um problema qualquer de pixel que eu juro que: os postes estão verdes, as bandeiras nas sacadas tem manchinhas vermelhas, as rodas da carrocça tem pontos vermelhos; o casario lá atrás tem manchas azuis e amarelas. Agora, o zepelim com o símbolo da Coca Cola continua cinza hehehehehehehe.
Agora sem sacanagem: as cores estão pintando mesmo. Nos velhos tempos de PUC o pessoal da química distribuia uns pedacinhos de mata-borrão que você descobria que o mundo era uma tela do Pollock; com você dentro.
deve ser algum efeito da resolução do seu monitor, junto com uma foto P&B escaneada no sistema color, e reduzida aqui no flog !
Huoooommmmmm,ziiiiiiing,tuim tuim tuim tuim,crachtc,crachtc,crachtc,crachtc,crachtc:
ferpeitamente, ferpeitamente, zuuuimmmmmmmm.
O Álvaro não está louco não ! ou então eu estou também , pois estou vendo as cores na foto e bem onde falou…!Ou é a D. Maria, a louca, que está brincando com a gente…!!!!!
Eu também estou vendo cores que não via mais cedo aqui!!!!!
André, vai dar para estacionar lá dentro, acabei de receber estra informação! Estou indo com o Sergio Araújo, te encontro lá dentro! Abraços
Acabei de chegar de uma sessão de cinema. Gente, quem tiver chance assista ao filme Redentor, não sei se é uma obra-prima mas é muito legal, deixo pra falar mais do filme depois que mais alguém vir. Em relação as cores também tou vendo aqui, deve ser problema de resolução de vídeo, parece até aquelas fotos pintadas à mão de antigamente. Abração a todos.
Não consegui me localizar… Este convento, onde fica exatamente? É aquela construção ao lado do Paço Imperial, onde hoje funciona uma Universidade. Essa é a 1o. de Março?! De qualquer forma, amo as suas fotos!!
Tomorrow, XVIIº Century again !!!!
Eu vou.
JRO :-))
Alias, vc vai como?
Eu pretendo ir de taxi, e vc?
Vou dormir agora.
De repente eu te ligo amanhã para pegar uma carona com vc.
De qualquer modo não se preocupe com isto.
Inté……..zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
André, tomara que fique mesmo animado como os daí. Aparece lá nesse meu outro flog… Surpresinha para vc!
Bjs!
fala seu Andre… ai, a cada dia vou ficando mais resistente. quarta foram nove chopps e nada de dor de cabeça e nem necessidade de agua….
manera a foto e a historia…
bjs, ju
Agora sim, voltei para ler com calma a sua história … seu flog e o do Roberto são um ótimo banho de cultura. Parabéns!
Beijos!
Não é da casa do Zé. É da casa de um amigo que mora na esquina da Barão do Flamengo com a praia.
Beijos, Bê.
Adorei a foto e o texto, lindos!! Então assim surgiu a biblioteca nacional, interessante 🙂
Bjos e um ótimo final de semana 🙂
Tá na casa do Zé, é?
Festa boa, hein? Queria ter conseguido acordar pra ir pra Paquetá!
Vamos tentar marcar pra amanhã?
Beijos, Bê.
Não falei de boêmios… Falei de malandros, é beeeeeeemmmmmmm diferente… hehehehe.
Beijinhos
“Maria vai com as outras”, este espaço é uma verdadeira enciclopédia, aprendi mais uma. Olha, o fenômeno pintou aqui também, e se der um zoom 2x simples sobre a foto, fica tudo ainda mais colorido. Minha mulher afirma que os cogumelos que serviu no jantar eram apenas champignons…
Legal matéria do JB.
Essa cidade sem memória deve agradecer a Voces.
Amei este flog! Sou estudante do 4º período de História e minha grande paixão sempre foi o Rio Antigo…A partir de hoje serei freqüentadora assídua…
Sou da turma da Luciana (acima) e adorei o flog. Vou visitar sempre para saber mais. Parabéns!!
Este prédio é a atual Faculdade Aândido Mendes na Praça Quinze?
Agradeço as respostas
olha gostei muito do papo amo historia eu to fazendo uma pesquisa sobre o convento do Carmo e vcs me ajudaram muito obrigado valeu.
Ao ler este post, deparei-me com a seguinte informação a cerca da foto apresentada.
” O convento do Carmo é a construção mais antiga da cidade (embora da original sobre pouca coisa), após o *arruinamento do morro do Castelo, dizem os historiadores que aos carmelitas foi oferecido o morro de Santo Antônio, mas os religiosos não gostaram muito do sítio, cercado de lagoas, e no fim da cidade.
Os religiosos então se interessaram pela pequena ermida dedicada à Nossa Senhora do Ó e em 1590 tomaram posse dela, a partir desta ermida o convento começou a ser construído, e ficou de posse dos frades … ”
* o morro do Castelo não fora arruinado no início da colonização, nem tão pouco com a chegada da Família Real no Rio de Janeiro. O morro só começa a ser removido, na época de Pereira Passos em que começa e não termina, o morro só volta a ser removido já no final da década de 20. Portanto não tem nada haver com os jesuítas. Esses não se contentaram em ficar no próprio morro do Castelo, e logo solicitaram esse espaço para construção de uma ermida de Nossa Senhora do Ó que ficava no Largo da Polé, posteriormente Largo do Carmo de frente para (Praia da Piaçava)