Agosto IV

O Rio de Janeiro e o país despertam com um choque após uma noite tensa, onde Getúlio já era considerado deposto, e não licenciado como alguns setores moderados queriam, principalmente para manter o equilíbrio institucional do país, por quase toda a imprensa. Setores militares e udenistas festejavam a vitória.
O famoso Repórter Esso, ainda em sua versão irradiada foi o veículo da notícia que teve a força de uma bomba nuclear sobre a opinião pública, a carta testamento foi lida por Heron Domingues em voz grave, às 8:50 da manhã, imediatamente o povo não só do Rio como de outras grandes cidades entrou em parafuso, aqui no Rio, discursos inflamados e espontâneos começaram a ser ouvidos pelas ruas, o sistema telefônico de bairros atendidos pela estação telefônica do Largo do Machado simplesmente parou, o Palácio do Catete foi cercado por uma multidão que queria prestar a última homenagem ao líder, líder esse que vinha sendo escorraçado por este mesmo povo, em detrimento do Major Vaz, morto num atentado contra Carlos Lacerda, com a notícia mudou de idéia e passou hostilizar os militares e políticos de partidos conservadores.
O momento ainda era de choque na Câmara e no Senado documentos eram incendiados, e manifestações de repúdio eram tramadas.
Mas a situação aqui na capital iria realmente fugir do controle após essa cena, novamente descontinuada da linha do tempo, a multidão na manhã do dia 26 sai em cortejo, numa manifestação monstro do Catete até o aeroporto Santos Dumont , pela a Av. Beira Mar, a partir desse momento quando a multidão chega as portas da parte militar do Santos Dumont, onde o corpo seria enviado por via aérea até São Borja no Rio Grande do Sul, a situação no Rio de Janeiro sai do controle das autoridades e o caos toma conta, nos prenderemos no dia 25 de Agosto de 1954 também nos próximos 3 dias.
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