Agosto II

A missa de Sétimo dia do Major Rubens Vaz, foi na igreja da candelária a atraiu, milhares de pessoas, entre elas, religiosos, políticos, empresários e donos de órgãos de comunicação.
Após a saída o eterno vereador Wilson Leite Passos acabou fomentando uma passeata da Candelária até a Cinelândia, quando das varandas do edifício Pathé, onde ficavam os escritórios da UDN, a sede do PTB de Vargas ficava ao lado no Capitólio, um dos dois do conjunto original demolidos nos anos 70, surge nada mais nada menos que o “corvo” apelido dado pelos getulistas à Carlos Lacerda, ele começa a discursar, mas o povo se descontrola, tenta-se acalmar cortando as palavras e colocando o hino nacional, mas a turba já tinha saído de controle principalmente quando um carro do PTB, partido de Vargas teve o azar de passar pelo local, o carro foi virado, incendiado e seu motorista quase linchado.
Os bancos da praça foram arrancados, as pedras portuguesas começaram a ser jogadas contra os prédios públicos, lixeiras viradas e viaturas oficiais incendiadas, quando da rua Evaristo da Veiga surge um “brucutu” vindo diretamente do QG da polícia, e do Castelo guarnições da temida Polícia Especial disparando bombas de gás e efeito moral, além de tudo várias pessoas eram arrastadas para dentro das viaturas e presas.
Se hoje andando pelo centro periga se envolver num conflito entre aos Guardas Municiais e os bandidos disfarçados de Camelôs, nos anos 50 e 60 perigava v/c ser envolvido numa das explosivas manifestações políticas que aconteciam na região.
Nessa foto vemos a polícia e os bombeiros contornado a situação e a praça transformada numa “praça” de guerra.
Foto cadernos do Edmundo, revista Cruzeiro de 1954 sobre o suicídio de Getúlio e a crise de Agosto.
Pessoal estarei nesse fim de semana em um local sem internet, domingo de noite estarei de volta e a história do suicídio e seus desdobramentos continuará !!