Incêndio do Hotel Vogue, veremos novamente ??????

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A foto, já bem conhecida de todos, extraída da edição extra  da revista Manchete, publicada logo após a carnificina do incêndio na Boite e Hotel Vogue, ilustra uma atualidade.
Na época o incêndio foi abrasador pelo uso intenso de madeira na decoração do prédio e pela não disposição de escadas Magirus que chegassem acima de 18 metros, vitimando inúmeras pessoas encurraladas nos últimos andares. Após esse sinistro houve uma intensa mobilização para a equipagem dos bombeiros do Distrito Federal de escadas Magirus com mais de 30 metros de altura, metragem de grande parte dos prédios da cidade a época.  Também, após esse sinistro o quartel de Copacabana passou sempre a ter em sua guarnição um desses equipamentos, por ser uma região que tem alta densidade e verticalizada em quase toda sua área. Quartel este que aliás foi construído no início dos anos 30, após uma série de incêndios no bairro, terem demonstrato a inviabilidade do socorro em tempo hábil para a CIL pelo quartel do Humaitá.
Pois ontem, dia 14 de Agosto, assistimos a um violento incêndio em um prédio de apartamentos na Rua Santa Clara, construção da primeira metade dos anos 80, já possuindo sistema de combate de incêndio muito superior aos seus vizinhos dos anos 40, 50, 60 e 70, tais como: sprinklers em áreas comuns, sistema de combate de incêndio presurizado e portas corta-fogo. O fogo no entanto devorou duas unidades, encurralou e intoxicou moradores, danificou totalmente a fachada do edifício do quarto andar até a cobertura e demorou duas horas para ser combatido.
Porque ???
Simplesmente porque o quartel de Copacabana não tem mais escada Magirus!!!!!!!
Esse incêndio foi acompanhado por este site em duas frentes, uma no local, poucos prédios acima e do lado oposto da via tendo uma visão privilegiada do sinistro desde antes da chegada dos bombeiros quando a rua foi tomada por forte cheiro de plástico queimado, passando pela chegada dos bombeiros em 2 vans e um carro bomba,   indo da fumaça branca passando pelas labaredas, sem sucesso de combate pelos bombeiros presentes até  a chegada  da escada Magirus, carro tanque e carro comando, 50 minutos após o início da fumaça. E na outra ponta, em Botafogo, na rota do quartel do Humaitá onde os caminhões venciam o tráfego pesado, 35 minutos aproximadamente  após as labaredas saírem do imóvel, lambendo a fachada e atingindo as outras unidades.
Ficam aqui as indagações: Porque não há mais escada Magirus no bairro de Copacabana, contraditoriamente enquanto o bairro envelhece e os riscos aumentam? Porque a demora de pelos menos 30 minutos para a solicitação do equipamento adequado? O que aconteceria se tal sinistro se desse em  prédio mais antigo, com mais unidades residenciais ou pior, num prédio comercial antigo, dos anos 50 em horário comercial? Porque já que o quartel de Copacabana ficou pequeno, para as modernas e reluzentes viaturas, mas portando mangueiras furadas, não se usa o terreno da superfície da estação Siqueira Campos para a construção de um novo quartel, atendendo Urca, Leme, Copacabana e Ipanema, ao contrário de uma eleitoreira UPA ou da venda para contrução privada? Porque Copacabana ,que certamente arrecada muito da taxa de incêndio, não tem equipamentos de combate de incêndio compatíveis com a estrutura do bairro?
Ficam as perguntas ao nosso governador, que está mais uma vez bem longe daqui, em Berlim, armando com o nosso Dudu, sua banquinha de crupiê do Largo da Carioca, para tentar engabelar o COI com a farsa olímpica.

11 comentários em “Incêndio do Hotel Vogue, veremos novamente ??????”

  1. Felizmente ocorrem poucos incêndios pois, embora seja notável o empenho dos soldados bombeiros, é muito precário o atendimento devido ao equipamento utilizado.
    Não tenho a menor dúvida que haverá tragédias de grandes dimensões em caso de incêndio nos edifícios com mais de 10 andares.
    Aliás, um oficial do Corpo de Bombeiros já recomendou que ninguém morasse acima do 3º andar no Rio de Janeiro…

  2. André,
    PQP !!!
    Estou 100% de acordo. Um bairro como Copacabana precisa respirar. Todos os espaços disponíveis devem ser voltados a serviço da população. Para que mais um prédio ?
    Defendo inclusive a demolição de uns tantos pardieiros verticais para abertura de mais espaços de circulação (a pé) e convivência no bairro.

  3. Em qualquer lugar sério, o Corpo de Bombeiros só liberaria construções com altura compatível com seus equipamentos mais extensos. À medida em que os equipamentos dos bombeiros ficassem mais extensos, seriam liberados prédios mais altos. Será que as escadas mais altas dos Bombeiros chegam ao último andar da Torre Ventura, na Av. Chile?

  4. Pelo que o Decourt está dizendo esse incêndio ainda vai dar o que falar.
    Na notícia do Globo de hoje dá a impressão que apenas um apartamento foi destruído, o de cima foi atingido mas parece que apenas o piso. O jornal também critica a demora na atuação dos bombeiros e levanta questões parecidas com as do Decourt.
    Quanto à existência de portas corta-fogo, estou duvidando da sua eficiência, pois não foram capazes de bloquear a fumaça, que impediu a descida daquela senhora que estava na cobertura.

    1. O apartamento de cima está bem destruído, perdeu dois quartos. As portas corta-fogo desses prédios residenciais eram apenas uma, sem o veestíbulo quando há um conjunto de duas portas, de prédios mais novos

  5. Divulgação?… Esses caras foram é se divertir vendo o mundial de atletismo mesmo. Eu adoraria ver o Bolt correndo, mas não tenho a desculpa de divulgar a Rio 2016…
    Isso realmente demonsstra a necessidade de se criar um quartel na área e não uma upa-upa de idoso, que é despropositada. Afinal, se a proposta supostamente é descentralizar, uma unidade mini não deve ter “especialidade” em detrimento do “uso geral”. Isto enquanto o [des]governador elogia o secretário de saúde que tem formação de médico-bombeiro. E a defesa civil de verdade não engrena… Será que eles pelo menos rezam para que esses incêndios não aconteçam?
    Deveriam analisar o crescimento dos prédios e obter escadas de bombeiros em função desse crescimento vertical antes que os incêndios acontecessem. Será que este último serviu de lição? Ou é tão raro que não deve acontecer de novo tão cedo?…

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