Nossas duas fotos mostram em sentidos diversos a boca do Túnel Major Rubens Vaz na Rua Pompeu Loreiro, onde este quarteirão foi criado com as obras da abertura do túnel, ao contrário do outro lado onde a Rua Tonelero tinha um cull de sac junto a encosta do morro.
A criação deste quarteirão se deu com a demolição de pelo menos 3 imóveis na Rua Constante Ramos e a desapropriação parcial de uma vila (hoje desaparecida) na Rua 5 de julho e dos terrenos de algumas outras casas na mesma via.
Com as demolições além da abertura da rua foi entregue ao EGB uma área considerável de sobra de lotes entre o novo quarteirão e as fraldas do morro dos Cabritos, onde no início dos anos 70 foi instalada a Gerência da DLU para o bairro, aliviando as condições precárias de velha gerência ( fatiada para a instalação do posto de saúde), que foi então reformada e entregue já a PMERJ para a construção da primeira sede do 19 BPM na Rua Tonelero, permitindo também que houvesse espaço para a Gerência de Conservação da Sec. de Obras. Todas estas instalações foram ao chão nos anos 90, juntamente com o Posto de Saúde José Carlos Barreto para a construção da Estação Siqueira Campos e no início dos anos 2000 para o sistema de ventilação e fuga dos túneis entre as Estações Siqueira Campos e Cantagalo.
Com o passar dos anos, as casas da Rua 5 de Julho, privadas de grande parte dos seus terrenos e debruçadas em duas frentes foram praticamente todas vendidas para a Construtora EME para a construção de seus edifícios que tinha a curiosidade de serem todos nomeados de Chatteus franceses.
As fotos tem algumas curiosidades, a primeira é a troca do vetor de iluminação pública, inicialmente com luminárias com 4X40W lâmpadas fluorescentes e depois os mesmos postes com luminárias pequenas a vapor de mercúrio, que também em breve seriam trocadas, quando da implantação do sistema de iluminação do resto da Pompeu Loureiro por luminárias Osram.
A outra mostra a mudança da mão da rua ao longo dos anos e a utilização do terreno público pela Churrascaria Galeto Gaúcho, na Rua Conste Ramos 140, que anos depois foi sede da Casa Sambão começou como um evento e engoliu a churrascaria com a compra do imóvel por Ivon Cury) depois Sambão e Sinhá, lugar de shows de mulatas e afins , o Vaca Sagrada (churrascaria gourmet) também de Ivon Cury, todos fechados no final de 1984, a tentativa de se fazer uma casa de jogos durante o vai ou não vai da legalização dos casinos durante a feitura da Constituição de 88 ( imóvel foi vendido por Ivon Cury ao bicheiro Miro e seu filho Maninho), o abandono do imóvel semi pronto ( na realidade praticamente pronto para ser uma churrascaria, a “Porteira do Sul” e uma casa de mulatas a “Rio Show” até letreiros tiveram instalados mas prontos para virarem casino, mas nunca funcionaram) durante mais de década e sua demolição já em ruínas e a construção de um Apart Hotel no início do séc. XXI
A Pompeu Loureiro durante muito tempo tinha mão inversa à de hoje. A Cinco de Julho quase não tinha edifícios e pouquíssimos carros passavam por ali, o que permitia armar uma rede de vôlei defronte à vila que ficava na altura da Raimundo Corrêa.
No final da Tonelero, entre a Santa Clara e o morro rolava sempre uma pelada.
Outros tempos, pré-túnel.
Hoje em dia o túnel virou mictório de motoristas de táxi.
Interessante, nasci praticamente na rua cinco de julho, 63 Edifício Minuano, realmente contava nos dedos os prédios existentes na década de 60. Andei muito por este morro dos cabritos, inclusive do lado oposto pela rua Tonelero. A rua 5 de julho era um paraíso para jogar futebol e volei e ficávamos em turma num bate papo ate altas horas. Hoje só restam poucas casas, a do Pedro em frente a rua Raimundo Corrêa e na esquina que era do Paulo Baiardo(cedeu um pedaço para a oficina do Alexandre), e as vilas. A casa do Sr. Serafo ficava ao lado da casa da Manchete Bloch, hoje uma creche e as casas verde e rosa(ns 108,116) como chamávamos que ia até a rua Tonelero que por fim venderam parte do terreno atrás para construção de prédios na rua Tonelero. Lembro-me vagamente que uma dessas casas(a verde ou a rosa) tinha uma belo campo de gramado para jogo de tênis e fazíamos a festa. Acho que os proprietários que venderam a casa tinham uma loja de de chapéus/roupas na rua Farme de Amoedo.
O juiz Armando Marques morou no numero 50. E tinha os prédios 38,36 e 79. A casa do Mamo n. 66 veio abaixo e a família acabou ficando com alguns aptos e vi o prédio ser construído. O Pronto Cor n.99(funcionou o Colegio Wakigawa e hoje acho que faz parte da creche em frente) e o Instituto Copacabana que faziam parte da rua. Enfim o resto é historia de quem viveu numa Copacabana naquele pedaço charmoso em tempos áureos da década de 60 a 80. Muita historia boa!
Acompanharei os comentários, mas não deixarei de passar em branco, mesmo que atrasado, a data de ontem…
Parabéns, Andre. O Rio que Passou foi um dos responsáveis pela minha iniciação, e de muitos outros, no universo do Rio Antigo.
Aproveito também para dar parabéns atrasados ao André, que, junto com o saudoso Arqueologia do Rio, o que motivou meu interesse por fotos do Rio antigo. Quanto ao assunto de hoje, em 1963 todo dia saía da Siqueira Campos e ia até uma vila na Pompeu Louseiro para fazer um curso preparatório para as provas de admissão ao ginasial. Ia a pé atravessando o túnel, sem a menor preocupação, lembro que o trânsito era irrisório. Me lembro da modernidade das luminárias dentro do túnel, novinhas, com lâmpadas fluorescentes.
Fiz em 1964 curso preparatório para a “admissão ao ginásio” com uma professora – Dona Aidê (?) – que montava turmas pequenas, de 6 a 8 alunos, e dava as aulas em sua casa de vila na rua Pompeu Loureiro.
Provavelmente a mesma.
Provavelmente era a mesma, acho que era esse o nome dela.
Eu morava na altura do posto 2, na Av. Copacabana entre a Inhangá e a Rodolfo Dantas, ia e voltava a pé, mas não atravessava o túnel. Seguia pela Av. Copacabana mesmo e entrava na Constante Ramos.
Uma Copacabana ainda tranquila, com ótimas lojas, cinemas, a praia antes do aterro.
Morei no bairro de 1962 até 1986, quando – já casado – fui para Laranjeiras aonde moro até hoje.
Mas tenho saudades da “princesinha do mar”.
Também vou deixar registrado meus Parabéns para o André pelo dia de ontem!
Felicidades!
Muitos anos de vida para você você e claro, ao Rio que Passou.
As calçadas da Rua Cinco de Julio na decada de 70 eram um campo de minas, coco de cachorro omnipresente, tinha que andar no meio da rua.
O esporte peculiar que eu vi jogando na rua foi o stickball (jamais vi isso em outro lugar no Brasil).
Quando cresci sempre achei que o nome da rua era Toneleros, é Tonelero sem o “s” mermo???
A Tonelero algum dia já teve a mão invertida à de hoje? Ou era apenas a Pompeu Loureiro antes da abertura do túnel?
Esse túnel é igual ao tunel Raul Veiga que liga Icaraí a São Francisco em Niterói, construído por Moreira Franco.Icaraí é a Copacabana de Niterói.
Acho que tudo piorou ,e não vejo solução para tantos problemas.
Gastaram e roubaram demais.
Talvez eu esteja sendo por demais pessimista.
Olá André Decourt! Estou retornando à grande rede depois de muito tempo e seu blog é muito bem detalhado. Que bom que nos dá essa opção.Tentei entrar no Saudades do Rio mas está tudo muito mudado e fui bloqueada pelo Dr. Luiz. As postagens lá são escolhidas e só alguns podem postar. Uma pena que o blog tenha ficado tão reduzido com tantas divergências. O Dr. Luiz não deve ter gostado sobre o que comentei sobre médicos cubanos uma vez e não permite mais que eu comente…
Procuro informações sobre o cais do Catete conforme sua página: http://www.rioquepassou.com.br/2004/03/21/1590/comment-page-1/#comment-665273. Consta que o cais “servia além da Presidência da República, o Clube de Regatas do Flamengo.” Alguém saberia me dizer se no início dos anos 20 (lá por 1924) o cais ainda existia? A informação é para um livro. Fico muito grata se puderem me dar ao menos uma dica.
Copacabana era um parsido, eu morei na rua Marechal Mascarenhas de Morais. Subia no morro da agulha até a base da pedra e tinha só 11 anos, joguei bola na rua Tonelero enfrente ao colégio Sacre Cuore de Marie. Descia a ladeira toda carrinho de rolimã, joga botão e totó com os amigos na rua. E outras muitas brincadeiras . Saudades.
Gostoso de ver que ainda agora em 2019 há tantos participando de um blog como este. Morei na Rua Felipe de Oliveira(em 1957), saída do tunel “novo”com era chamado, à direita na ida para copacabana. Nele passava o bonde que ia até o chamado Bar 20 no final da atual Rua Vde de Pirajá. Morei depois na Rua Ministro Viveiros de Castro , paralela a Rua Barta Ribeiro. No seu final, se pode ainda agora retornar a Rua Bta Ribeiro(até 1976).Atualmente e desde então moro na Rua Prudente de Moraes uma rua completamente arborizada e razoavelmente tranquila quando os assaltantes não aparecem. Bond tempos aqueles!!
Morei desde que nasci até quase meus 40 anos na 5 de Julho 336. Estudei no Instituto Copacabana. Vi muitos dos prédios serem erguidos e lembro bem destas casas que vc comentou. Que saudade….
Gostaria de saber se há mapas do bairro de Copacabana pois gostaria de adquirir uma cópia desse mapa. Por favor, gostaria de saber como adquirir. Obrigado
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Aguardando novas publicações do mestre André …
André, sentimos falta de suas postagens. Por que não retorna com elas? Não existem mais blogs como este, que é tão elucidativo. O Saudades do Rio está agonizando, vitima da teimosia do Luiz, e agora nada mais resta.
Entre 1958 e 1970 morei no ultimo edifício da Raimundo Correia, que da fundos para 5 de Julho.
Também jogávamos futebol no meio da rua na Raimundo correia.
Da minha janela, assisti a muitos pegas de motos cinquentinha na 5 de Julho,em geral a disputa era entre uma moto vermelha e outra branca.
Também me marcou muito quando numa madrugada fui acordado por um incêndio em um prédio da 5 de Julho , em frente a Raimundo Correia.
Não foi citado, mas numa dessas casa próximas a Raimundo Correia, na 5 de Julho, morava Carlito Rocha , figura folclórica ligada ao Botafogo .
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Os tuneis foram marcos mesmo na cidade…
Lembro de quando estava na escola (primário!) aprendia que ‘eram feitos para a circulação de veículos’.
Um destes um dos pais ouvia o barulho das implosões de onde morava.
Conheci bem essa parte da cidade (embora prefira o BAIRRO ADJACENTE).
E quando criança, ao morar no Leblon e estudar num colégio extinto da cidade (alias MUITOS FORAM): dizia que “morava na LEOPOLDO MIGUEZ e ia todo dia a pé” (risos).