Ainda dá tempo para a última carne assada do ano….


…. ou da vida!
Nos final dos anos 50 o Correio da Manhã fazia uma série de reportagens denúncia de como os gêneros consumidos pelo Carioca eram mal conservados, armazenados, preparados e vendidos.
Numa das matérias, sobre os botequins pudemos localizar este, que apesar do endereço errado felizmente identificava corretamente a rua e depois de uma ligeira pesquisa consegui descobrir que ainda está de pé.
Se não fosse o festival de reclamações de seus frequentadores (ou masoquistas) sobre a precária higiene do local teríamos aí um simpático botequim carioca dos anos 40 e 50, com todos seus elementos. Do lambri de vidro corrugado e madeira, passando pelo telefone público junto a porta, dos cartazes de refrigerantes e cervejas, dos azulejos em meia parede e no rebaixo do estoque um mural ou outro grande painel publicitário, espelhos nas paredes mais profundas, balcão de mármore, prateleiras com os destilados e possivelmente teríamos as luminárias com 3 lâmpadas fluorescentes ou em em estrela com 6 lâmpadas. Esse bar ficava na Rua de Santa Luzia, meu medo é  que seu prédio tivesse sido demolido junto com todo o quarteirão entre a México e a Graça Aranha ou já nos anos 70 para a construção dos Edifícios Santos Dumont ou da Academia, mas não, exceto o bar propriamente dito permanece tudo igual. Fica no número 405, naquele solitário prédio de 6 pavimentos que respeita as diretrizes iniciais do Plano Agache para o Castelo.

Comer hoje no local, uma das suspeitas pastelarias chinesas da cidade, ainda deve ser uma prática de roleta russa estomacal, mantendo surpreendentemente a tradição do local.
 

Feliz 2018 !!!!