Nessa borrada imagem vemos uma imagem do hoje desaparecido quartel da Primeira Zona do Corpo de Bombeiros.
Construída conjuntamente com as obras do Porto do Rio ela ficava instalada estrategicamente entre os dois pedaços do porto, ao lado do Gasômetro, junto aos estaleiros do Caju e defronte as pequenas ilhas da baia, que desde cedo começaram a virar depósitos de carvão e logo depois líquidos inflamáveis.
O quartel todo em estrutura metálica, técnica em voga no final do séc. XIX e primeiros anos do XX, tinha diversos elementos construtivos em comum as outras duas antigas unidades da cidade, o Quartel Central e o Quartel do Humaitá, notadamente os pilares que levantam a parte de alvenaria do local destinado as viaturas de combate à incêndio.
Além das viaturas terrestres o quartel possuía do outro lado da Av. Rodrigues Alves um pequeno cais onde ficavam ancoradas as lanchas de inspeção, transporte e combate a incêndio do mar, algo muito moderno para a época e digno da importância do porto do Rio, na época de sua modernização como o mais movimentado da América do Sul.
Foi desse quartel que partiram os bombeiros que faleceram numa pouco lembrada grande explosão ocorrida em 1954, na Ilha do Braço Forte, perto de Paquetá, onde depois de um incêndio em depósitos de infamáveis e explosivos que guardavam todo o material apreendido pela Recita Federal no Porto do Rio, houve uma violenta explosão, ouvida até na cidade Teresópolis, que dizimou praticamente todo o regimento de bombeiros que havia acabado de chegar para combater as chamas.
O quartel não existe mais desde o início do anos 60, quando já considerado ultrapassado foi desmontado e sucateado e em seu terreno foi construída a Rodoviária Novo Rio. Houve um movimento para que o quartel fosse tombado, desmontado e remontado em outro lugar, mas a operação era relativamente custosa e a mentalidade nos anos 60 era muito diferente da de hoje.