Restaurante Belle-Vue – início do século XX


Nosso post de hoje, além de ser um duplo com a postagem do último dia 30 do Saudades do Rio ( http://fotolog.terra.com.br/luizd:3362 ) comemora os 121 anos de Copacabana, acontecido no sábado passado dia 06 de julho, data esta alusiva a inauguração do Túnel Velho que permitiu a entrada do principal vetor de desenvolvimento não só de Copacabana mas como de toda Z. Sul Oceânica, o bonde.
Nossa foto é posterior a 1903, quando o ramal do Leme foi finalmente eletrificado, mas nada garanta, pela paisagem totalmente agreste, e com a antiga Rua Salvador Correia tomada por areia e capim e que seja posterior a 1906 quando o Túnel Novo foi inaugurado e o fim do Leme passou a ser ocupado, lembrando que nessa época o Leme abrangia toda a região do Posto 2 chegando quase ao 3, geografia esta que foi mudando com a consolidação do tráfego da Rua Salvador Correia e principalmente pelo contínuo arruinamento das pedreiras do Inhangá.
Não consigo identificar se a construção que vemos no fundo seja o Bar da Brahma, que nos dataria a foto após 1905, mas sem dúvida é um pouco ulterior a imagem do SDR, pois vemos que o material de construção disposto na frente do Belle-Vue já começava a se transformar em uma construção, do outro lado da Rua Gustavo Sampaio.
O Belle-Vue como podemos ver pelas inscrições na sua parece servia tanto a la carte como também em regime de pensão, o que deveria atender os anseios dos que vinham passar o dia inteiro no bairro, ainda carente de total infra-estrutura.
Acho que há 100 anos ninguém esperaria que o areal incipientemente urbanizado se transformasse no que é, e que esse lugar estivesse assim:  http://goo.gl/maps/0s3NK

5 comentários em “Restaurante Belle-Vue – início do século XX”

  1. Impressionante como a cultura francesa dominava o Rio naquela época.
    Acho que a mudança foi para pior, com a importação do “american way of life”…

  2. É verdade Luiz,a classe francesa foi posta de lado , para dar passagem a praticidade americana.

  3. Pode apostar. Se eu estivesse “lá” há cem anos atrás, jamais esperaria que aquela paisagem deserta e bucólica se transformasse no lixo que é hoje.

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