Estátua da Amizade- Inauguração 04 de Julho de 1931


Nossa foto de hoje é um post duplo com o misterioso AD que na sexta passada postou uma imagem da Estátua da Amizade logo após sua transferência para a Praça 4 de Julho, que ocorreu em 1942 e onde se encontra até hoje hoje ( http://fotolog.terra.com.br/sdorio:3117 ).
A história da estátua é no mínimo curiosa, doada pelo governo dos EUA nas festividades do Centenário da Independência como o Monumento à Cuauhtémoc  pelo governo mexicano a mesma não pode ser instalada na cidade em 1922 pela ausência de pedestal. Que com certeza não pode ser construído pela PDF por suas finanças terem sido totalmente esgotadas pelas obras de desmonte do Castelo e a construção dos Pavilhões da Exposição além de outras grandes intervenções da Adm. Carlos Sampaio, como a orla da Lagoa.
A estátua foi então guardada nos depósitos da PDF, passando pelas administrações Alaor Prata e Prado Júnior só sendo inaugurada durante o mandado tampão de Adolfo Bergamini. O local escolhido seria até irônico, se pensarmos na ocasião que a estátua foi doada e onde possivelmente deveria ter sido instalada 9 anos antes, no leito da antiga Av. das Nações da Expo de 22, nessa altura já inserida no traçado determinado pelo Plano Agache e  ainda não fracionada em duas avenidas que possivelmente ainda não tinham os nomes atuais, as Av. Churchil e Roosevelt.
Deu-se o nome a praça existente como rótula dos importantes eixos do Plano Agache, a Av. Aparício Borges, via monumental da Praça do Castelo, onde ficariam os ministérios e a Av. das Nações onde ficariam as embaixadas; o nome Praça Estados Unidos, e a estátua finalmente foi ali instalada num acanhando pedestal de 4 metros de altura, que ficava totalmente achatado pelo tamanho e massa da estátua.
Na foto vemos o traçado de algumas vias do Plano Agache que formariam um arco em torno da Porta do Brasil, que estaria alinhada ao fim do prolongamento da Av. Rio Branco, dessas vias mais nada sobra com as requalificações urbanas dessa região, que até hoje deixaram vestígios da falta de uma diretriz urbana, agravado ainda por décadas da Feira de Amostras que se utilizou nos anos 30 e 40 desse pedaço desocupado da área aterrada.
Vemos também duas construções remanescentes da Expo de 22 que faziam parte do antigo complexo de diversões