Nosso post de hoje foi retirado de uma foto postada pela comunidade Rio Antigo do Facebook, que conta com inúmeros apaixonados pelo Rio de ontem e quem publicando ótimas fotos, como esta, da Praça Mauá na metade dos anos 50, possivelmente no seu período de maior fama graças a Rádio Nacional que ficava ( e fica) no topo do Ed. A Noite.
Essa era a praça das histéricas filas das Macacas de Auditório, dos marinheiros em busca de algo que não tinham nos navios, dos bares e inferninhos, do Zica que além dos bares como o Flórida comandava uma ramificada quadrilha de contrabando, das reportagens polêmicas de O Cruzeiro sobre o consumo de Maconha, das batidas policiais … mas tudo até pueril comparado aos dias de hoje.
O urbanismo da praça mantem seu arranjo básico feito no final dos anos 40, onde a grande área arborizada do período Passos foi retalhada em várias ilhas para facilitar o tráfego de veículos, sendo o maior marco dessas alterações a ida da estátua de Mauá da embocadura da Av. Rio Branco para o resto de uma das ilhas do início do século.
No início da década de 50 as ilhas que ficavam perto do Casa Mauá e do A Noite foram estreitadas e algumas eliminadas, ficando os postes especiais de grande tamanho isolados no meio do mar de asfalto. Tais postes conviviam com os antigos postes a gás de 3 combustores, convertidos para luz elétrica da era Passos e até mesmo um modelo do DF com lâmpadas fluorescentes.
A foto nos dá uma ótima idéia do mal que o Rio Branco fez a ambiência do local ao esconder totalmente o Morro de São Bento