Na nossa imagem de hoje vemos o primitivo prédio do Liceu de Artes e Ofícios em seu prédio primitivo na antiga Rua da Guarda Velha.
O prédio em estilo colonial avançava quarteirão a dentro ocupando praticamente a mesma área que o prédio da CEF ocupa hoje, mas de forma diversa, os terrenos avançavam rumo área planejada para alargas a velha rua Barão de São Gonçalo, mas não chegavam onde Passos pretendia abrir o novo traçado da Rua de Santo Antônio, retificando o colonial como podemos ver por esta planta já postada ( http://www.rioquepassou.com.br/2006/03/17/planta-de-demolicoes-e-desapropriacoes-da-rua-da-ajuda-e-adjacencias/ ).
Com a desapropriação de parte de seu terreno e instalações, não só para o alargamento da Barão de São Gonçalo como também para a retificação do traçado da Rua 13 de Maio, Passos entregou em definitivo todo o novo quarteirão para o Liceu, que foi construindo seu novo complexo de forma parcelada, para não interromper os trabalhos, bem como certamente por limitações financeiras.
Essa famosa foto, tirada do Teatro Municipal mostra bem, todo o velho casario demolido e o quarteirão já murado e os fundos de um dos prédios do complexo do Liceu ( http://www.rioquepassou.com.br/2006/03/18/regiao-da-rua-da-ajuda-apos-as-obras-da-av-central/ ), vemos o mesmo prédio nesse post sobre o Pavilhão Internacional ( http://www.rioquepassou.com.br/2006/03/20/pavilhao-internacional/ ), por fim vemos que nos anos 20 mesmo com o quarteirão fechado pelas construções em estilo eclético notadamente a construção circular na esquina do Rua 13 de Maio com o Largo da Carioca pós Passos vemos que o interior do complexo do Liceu ainda era praticamente o mesmo do séc. XIX ( http://www.rioquepassou.com.br/2006/11/10/aerea-largo-da-carioca-anos-20/ ).
O trecho que aparece na imagem, hoje totalmente desaparecido com as obras que foram aumentando o Largo da Carioca ao longo do séc. XX, culminando com a verdadeira destruição do local causada pelas obras do Metrô ficava exatamente na frente da Imprensa Nacional, já a parte baixa, que começava a partir de uma suave inflexão no traçado da velha Rua da Guarda Velha dava frente para o Teatro Lyrico. Hoje esta fachada estaria praticamente alinhada com a torre de ventilação do Metrô.
Num exercício de livre interpretação do espaço físico, baseado em todas as alterações que a região sofreu nos últimos 110 anos e com base em mapas e fotos aéreas antigas acredito que o local onde o fotógrafo se encontrava seria perto onde o senhor negro de camisa listrada passa http://goo.gl/maps/swZAh