Av. Copacabana esq. com Constante Ramos 1971

Essas fotos são mais uma lembrança e uma homenagem do que uma nova informação, visto que pouca coisa mudou nesses 40 anos como podemos ver aqui: http://g.co/maps/wkz6k
Mas como hoje, dia 02 de Dezembro seria aniversário da Tia Clarice, que teria, se viva 105 anos, posto uma cenário de minha infância, sem dúvida esse é um lugar de remiscências e boas lembranças, se bem que pela posição do sol, que indica ser de tarde estaria no outro vértice do quarteirão, na Colombo.

Quantas revistinhas ( Mickey, Turma da Mônica, Pato Donald, Gibi etc..) comprei sábado de manhã nessa banca de jornais, das cores pisicodélicas do letreiro da Ducal, em verde, roxo e vermelho que se alternavam em neon por de trás do triângulo de acrílico, da fraca luz azulada das luminárias dependuradas na rua, removidas anos para frente, das poucas cassias que ainda teimavam em sobreviver numa Av. Copacabana tão diferente de quando elas foram plantadas no final dos anos 10, do comércio efervecente e sofisticado, que destruído pela camelotagem dos anos 80 tenta hoje voltar, embora alguns quarteirões ainda estejam perdidos.
Como me lembro do desenho fora do padão déco na frente da Ducal, único, feito por algum calçateiro que não se sentiu obrigado na área de recuo do prédio a respeitar o desenho determinado para a via.

Na segunda foto vemos a filial da Polar, com fachada convencional, ao contrário do “bloco de gelo” da loja principal na esquina de Dias da Rocha, os sinais de trânsito em breve seriam trocados, me lembro só de outro arranjo com sinais “zebrinha” em cabos de aço e no meio dos dois virados para a Av. Copacabana uma placa educativa “Motorista Respeite a Sinalização” tão lida quando de minha alfabetização. O velho poste telegráfico ainda marcava o início do bairro no tempo de arrabalde.
Mais a frente, na mesma calçada da Polar, mas no prédio seguinte, tínhamos o Galeto Copacabana (se não me engano) que muitas vezes durante o dia fazia toda a região aguar ao cheiro do frango assado ou de bife na chapa.
Esse quarteirão tem o histórico de dois grandes incêndios, o da Polar nos anos 80, que destruiu a loja e alguns apartamentos do prédio, e no final dos anos 70 o incêndio de um dos conjugados do Ed. Ike, ao lado do Colégio Cócio Barcellos, que vitimou sua moradora.
Apesar de todos os prédios nas duas imagens serem os mesmos até hoje ao compararmos a esquina hoje vemos que foi nos detalhes que tudo mudou.
Fotos de Gyorgy Szendrodi