No nosso post de hoje, dos arquivos da Life, vemos uma parcial da Quinta, mais precisamente parte de seu lago e a da ilha com o templo grego, bem característico dos jardins românticos do final do Séc. XIX início do XX.
A Quinta foi por décadas um dos principais pulmões da Z. Norte da cidade, com seus gramados e principlamente atrações, da mais popular o Zoo, a mais erudita o Museu Nacional, sendo um dos mais belos parques urbanos do Rio, juntamente com o Campo de Santana.
Infelizmente a partir dos anos 80 o local entrou em um período de decadência e graves dificuldades de conservação, notadamente do seu mobiliário urbano, como o parque de iluminação pública, todo composto por equipamentos Light dos anos 20 e 30.
A conservação das áreas verdes vem oscilando de acordo com o grau de inépcia das admistrações municipais, mas conservado com até os anos 60 nunca mais o foi, o que em absoluto espantou seus frequentadores, que as vezes tem sua parcela de culpa na degradação do local. Mas é o entorno que vem pressionando o parque, as vias fora das grades se transformaram numa grande passarela de trotoir de baixa categoria, que trás a reboque violência a até mesmo o tráfico de drogas.
O abandono do Museu Nacional também foi um grande golpe para o parque, que viu uma de suas grandes atrações se esvaziar, e sair do roteiro turístico da cidade, afinal só o Zoo e o excelente Restaurante da Quinta, localizado em uma antiga capela, não conseguem atrair todas as atenções para o local, trazendo turistas e gente das outras áreas da cidade.
No último ano o abandono chegou a níveis críticos, embora o Museu esteja sendo restaurado, os ladrões de mobiliário urbano para roubar as luminárias da amurada dos jardins do museu chegaram a derrubar partes inteiras, com tração de algum veículo, causando graves danos que até a última apuração ainda não haviam sido reparados.
Por fim o lago, palco de andadas de pedalinho e até mesmo de moleques mergulhos por gerações se enquadra hoje como o espelho d’água mais poluído do Brasil em recente estudo, pois além de ter pouca renovação de água seu principal manacial era um antigo curso d’água de descia do Morro da Mangueira, hoje transformado em uma vala negra.
É esperar que a valorização do Bairro de São Cristóvão de ótima localização e infra-estrutura sub-utilizada hoje, traga a reboque a médio prazo a volta da Quinta como essa da foto.