Há pouco mais de 01 anos o “Saudades do Rio” em seu concurso Sherlock Holmes publicou uma foto de difícil identificação de algum ponto da cidade ( http://fotolog.terra.com.br/luizd:2349 ) era um ambiente típico da Z. Sul da cidade, mas apenas nos pequenos detalhes o correto local poderia ser identificado, principalmente por o elemento que mais chamava a atenção na imagem, não existe mais nos dias de hoje, a casa de esquina.
Recebi ontem do Renato Mendonça um pequeno conjunto de imagens dos anos 60 e 70, de autoria pessoal, da região do Posto II e mostro hoje duas delas, mais precisamente da mesma esquina da foto do Saudades.
A primeira imagem, certamente datada com meses de diferença da foto do Saudades mostra a casa envolta em uma grande multidão, perguntei para o Renato do que se tratava, quando tiver a resposta eu atualizo, mas arrisco dizer que fosse algum bloco de carnaval, embora a “joaninha” indique algo mais sério.
Vemos que a casa era um bom exemplo das casas de segunda geração do bairro, antes da moda dos estilos normando, missões e neo-colonial. Era uma casa sóbria com poucos elementos ecléticos, devendo ter sido construída ainda nos anos 20, a pequena varanda em forma de bay-window era muito comum nas residências dessa época e normalmente ficavam na sala de estar e as janelas eram compostas de vitrais.
O embasamento de pedras também era muito característico e ainda temos um conjunto relativamente intacto de casas desse feitio na Rua Lacerda Coutinho no mesmo bairro.
Já a segunda imagem mostra o resultado de sua demolição, a construção do Real Palace Hotel na época da foto em sua fase de acabamento. Apesar de destoar de todos os prédios ao redor, muito do corredor déco e ultrapassar o gabarito dos prédios próximos ele agride menos que o seu vizinho de esquina o Royal Rio Palace, erguido no local de 2 pequenos prédios proto-déco nos anos 90 quando a região já estava repleta de prédios tombados. O Royal Palace é maior em termos de fachada, mais alto e logicamente mais bodoso que o Real Palace e ainda por cima é encostado em um dos prédios tombados da região, o Ed. Alagoas, que inclusive sofreu um abalo quando da construção do gigantesco prédio ao seu lado. Típico exemplo que nossos adminstradores entendem muito pouco da cidade como um conjunto que deve ser mantido o mais equlibrado possível.
A Copacabana das casas era muito mais simpática.
Casinha simpaticissima!
Essa foto lembra-me a demolição da casa de pedra, tão linda, quase vizinha dessa, onde agora está sendo construído um Íbis Hotel, na Viveiros de Castro ! sniff…
ESSA MUVUCA DEVE-SE A BANDA DO VIVER, QUE NO CARNAVAL SAÍ PELAS IMEDIAÇÕES E SE CONCENTRAVA NA DUVIVIER. BONS TEMPOS!
Joaninha é totalmente fundo do baú!
Fui musico da Banda do Viver juntamento com meu pai e tios, gostaria de resgatar fotos da época hoje moro na Barata Ribeiro 244. Seria agradável rever meus familiares falecidos. Procuro por fotos todos nós eramos músicos da Banda moradores da Ilha do Governador.