Lapa segunda metade dos anos 60


Os Arcos recém restaurados e com as duas arcadas duplas eliminadas, bem como a urbanização do Aterro nos fazem datar a imagem de hoje na segunda metade dos anos 60, possivelmente de 67 a 69.
Podemos observar que as demolições na Lapa para a construção da Av. Norte-Sul estavam congeladas desde os anos 50, ainda mais com a promessa de Lacerda, aos pequenos comerciantes do Centro que ela nunca seria realizada, pois destruiria grande parte do SAARA e região fronteira à Praça Tiradentes.
Os quarteirões criados quando da abertura da Av. Mem de Sá em 1906 ainda estavam íntegros, vemos perfeitamente a lateral da Escola de Música da UFRJ e podemos ter, vendo essa foto e o link de uma aéra de hoje ( http://g.co/maps/rdsrp ) o que se destruiu para nada.
Nas duas imagens a  Fundição Progresso é um dos norteadores e vemos ela inserida num tecido nos anos 60, embora já na beira das demolições e hoje solta numa área arrazada. Impressionam além das demolições nos dois quarteirões triangulares da Lapa a verdadeira destruição de um enorme conjunto da Rua Evaristo da Veiga, as demolições chegaram até o prédio na esquina da Rua das Marrecas, e até mesmo a construção que me parece ser um anexo do QG da PM também foi ao chão para a passagem da Av. República do Paraguai. Na Av. Mem de Sá as demolições chegaram até o prédio de concreto armado que vemos no canto infeiror esquerdo da imagem.
Graças a essa equivocada política de terra arrasada que veio da mentalidade dos anos 40 e 50, mas que foi, nessa região posta a cabo já nos anos 70 quando os movimentos de preservação já se mostravam ativos criou uma enrome “zona morta” que mesmo com a volta “à moda” da Lapa tem difícil solução, e que possivelmente nunca terá.