A cena que vemos aqui hoje era desejada por muitos marmanjos, pois poderia significar que o “paraíso” estava logo ali, subindo mais uma encosta, já que o limite da Niemeyer já havia sido quebrado.
Até o final das obras do sistema da Lagoa-Barra no trecho de São Conrado, no início dos anos 70, o último largo da Estrada da Gávea quase na subida do Joá, abrigava um número de atrações as quais poderíamos chamar de “burlescas” e logicamente improvisadas, com exceção de algumas com o Bar Bem, o qual mostraremos no próximo post, que eram construções com a aparência de definitivas.
Nesse cenário o vendedor de milho cozido, junto com o vendedor de camélias eram os personagens mais populares, fazendo parte do imaginário popular.
Na foto vemos um deles pilotando sua panela, ao lado de um alguidar, certamente com brasas de carvão vegetal para assar ou grelhar outro petisco, como o salcichão na brasa. Ao fundo um dos pequenos bares da região, construído de forma quase mambembe com cadeirinhas metálicas, estrtura de madeira sustentando um frágil telheiro e por fim um balcão de alvenaria. Além dos indefectíveis cocos dependurados.
A imagem certamente lembrará a muitos as aventuras, perrengues, operações milaborantes e até mesmo casamentos que surgiram ao se ultrapassar esse cenário.
Diante o flagelo da serra é necessária a colaboração de todos para aliviar o sofrimento de milares de pessoas, que perderam quase tudo. Sua contribuição por menor que seja será de grande tamanho na corrente de solidariedade formada para a ajuda, mais que necessária. Apartir de uma caixa de fósforos ou resma de velas tudo será bem vindo.