Nossa foto de hoje remonta aos primórdios da ocupação de Copacabana, quando o bairro deixava de ser apenas um distante arrabalde, frequentado por romeiros e pescadores, ou então um aprazível passeio de bonde um um arruado areal para ser um bairro cosmopolita e habitado por uma nascente burguesia do séc. XX.
Nessa época o bairro começava a se consolidar, a Av. Atlântica, planejada 11 anos atrás e só inaugurada há menos de 3 anos era uma realidade, ainda incompleta, e as vezes danificada pelo mar em sua precariedade, mas que permitia ir de automóvel por um pavimento de uma ponta a outra do do bairro. Famílias fixavam residência cada vez em maior número, alguns convertendo antigas casas de veraneio em moradia definitiva, outros construindo nos ainda fartos terrenos, embora na beira mar estes começavam a se tornar raros e caros.
Para diversão restaurantes, bares e até mesmo cinemas surgiam, dando lazer a estes novos residentes e aos que ao bairro se dirigiam para se divertir, como é o caso da construção da direita, o famoso Bar da Brahma, construído pela Jardim Botânico no final da sua linha do Leme para ser um mecanismo de atração ao bairro, oferecendo uma programação de dia inteiro, como podíamos ver nas publicações da época. Até mesmo um rinque de patinação existia no bar.
Em primeiro plano vemos o primeiro sistema de iluminação da avenida, ainda misto, postes padrão light de braço curto com luminárias de arco-voltáico se distribuiam intercalados, uns só com luz elétrica outros com luz elétrica e dois combustores a gás a meia altura, arranjo este que deixou de ser utilizado por volta de 1917/18.
A ausência de prédios nos permite visualizar todo o contra-forte do bairro, notadamente a Agulinha do Inhangá, o Morro do Pavão e no Leme o Morro da Babilônia.