Nossa foto de hoje, do meio do período Passos mostra as obras de unificação da antiga Rua Estreita de S. Joaquim, com a antiga Rua Larga de São Joaquim, que criou a Av. Marechal Floriano
Obra vital no plano viário do grande prefeito, que visava articular as duas principais regiões portuárias da cidade à época com a Z. Sula e Norte e o próprio Centro através de outras vias que foram abertas ou requalificadas como a Av. Passos, a Rua do Acre, a Av. Tomé de Sousa, a Visc. de Inhaúma, Av. Central, Av. Rodrigues Alves, Rua Camerino etc….
Era fundamental que os gargalos da velha cidade colonial sumissem para que uma nova cidade, adequada ao séc. XX surgisse. E nesse flagrante conseguimos capturar o momento que o velho colonial vai sumindo e o eclético, fruto dos primeiros anos do séc. XX surgindo com a reforma ou construção de novos prédios. Ainda podemos ver, principalmente do lado direito da imagem inúmeras casas térreas, e outras no mais puro “estilo compoteira” com chalés nos andares superiores, moda no Rio do séc XIX, moda essa tão criticada por Luiz Edmundo que considerava essas construções empilhamentos de puro mal gosto executadas por algum mestre de obras do Porto.
Acredito estarmos no exato ponto de junção das duas velhas ruas onde hoje 3 vias de Passos se encontram ( Camerino, Passos e Mal. Floriano) no ponto exato onde ficava a Igreja de São Joaquim e seu hospício. Inclusive acho que a construção colonial com uma recém criada empena cega e a fileira de portas de janelas coloniais a seguir faziam parte do conjunto da igreja e onde hoje está o colégio Pedro Segundo.
Ao fundo temos o Largo de Santa Rita, que aparentemente ainda não está com a Visc. de Inhaúma alargada. Vemos também junto aos futuros meio-fios muitos canos metálicos, certamente para a rede de gás, pois a rua embora aberta aparentemente está sem nenhuma infra-estrutura.