Nessa aérea de Copacabana, enviada pelo amigo Carlos Ponce de Leon Paiva, mostramos o bairro em pleno processo predatório pela especulação imobiliária, que deveria ter sido freiado no máximo nessa época, quando os principais problemas do bairro ainda não tinham se vulgarizado, o kitchinette e os edifícios colados nas divisas, tanto laterais como traseiras produzindo cánions sem luz nem ventilação.
A imagem mostra que embora já tivéssemos muitos prédios o número de casas nos quarteirões internos era muito grande, há quarteirões inteiros só de casas. Os prédios que embora ocupando o terreno até as divisas laterais não tinham ganho a compania de outros também colados, ou seja, o bairro ainda respirava livremente.
A foto também nos mostra a baixíssima devastação provocada pela Favela do Pavãozinho, onde vemos os barracos no meio da encosta por cima das casas da Rua Saint Romain. Hoje a favela fagocitou todo o morro, bem como a ladeira que lhe dá acesso, chegando praticamente ao asfalto, por de trás do Ed. Líbano, que aliás foi praticamente soterrado, no temporal da semana passada, pelo lixo jogado durante anos pela “ordeira e asseada comunidade“, não obstante as reclamações dos pagadores de impostos vizinhos a ela, que não foram ouvidas pelos ouvidos moucos das administrações municipais, mais interessadas na cultura do barraco e do voto fácil.
Se a especulação imobiliária tivesse parado por aí, sendo criada uma legislação que só permitisse prédios de mais de 5 pavimentos descolados das divisas, e com afastamento progressivo. Tendo também a limitação de prédios altos perto de encostas ou em vias estreitas o bairro hoje seria outro, talvez não tão folclórico, mas com um urbanismo mais humano.