Trolleys, paralização por apagão, anos 60

A velha marchinha de carnaval, que contava as agruras do Carioca pela falta de água e de luz, a partir dos anos 50, resultado do inchaço da cidade muito além da sua estrutura urbana planejada nos anos 20 e 30 continuava ainda assombrando nos anos 60, não obstante as pesadas obras, principalmente em relação ao abastecimento de água.
O Brasil enfrentava mais um racionamento de energia, com black-outs determinados, que seguiam um rodízio pelas regiões da cidade. Isso afetava de modo severo a vida do Carioca e notadamewnte os serviços básicos, como o de transportes.
Nos anos 50 paralizados ficavam os bondes, quase sempre imobilizados no meio das ruas, atravancando o tráfego, já nos anos 60 o problema afetava os novíssimos Trolleys que também eram imobilizados nas áreas apagadas, visto que  as suas redes não contavam com sub-estações independentes, como chegou a acontecer com alguns ramais de bonde.
Nossa imagem mostra um grande número de carros, retidos na Av. Beira Mar, que vinham da Z. Sul com destino ao terminal Erasmo Braga, inascessível por um completo apagão na área central da cidade. Os carros, sem nenhum planejamento vinham da Z. Sul, sem serem retidos em pontos estratégicos ao longo das linhas e iam se acumulando numa longa fila, apartir do trecho sem energia.
Por esse motivo as linhas demoravam horas para ter seu serviço reestabelecido com a frequencia correta, desacreditando mais ainda o modal.
Esse problema da precariedade do fornecimento de luz, certamente contribuiu com  a queda da aceitação popular dos bondes e dos trolleys, afinal os ônibus a diesel não para nos black-outs.
Hoje nosso grande modal movido a energia, o ferroviário, nem precisa da contribuição dos apagões da primeira candidata, visto que o péssimo serviço prestado pelas concessionárias já está tirando a credibilidade de ambos, principalmente do Metrô, antiga referência de transporte de qualidade, hoje quase análogo aos trens da SS.
Ao fundo o oval da Esso tudo observa…..

8 comentários em “Trolleys, paralização por apagão, anos 60”

  1. Não tenho registro na memória de paradas frequentes dos trolleys por falta de energia. Quanto aos apagões programados na década de 60 aconteciam pelo tempo de 40 minutos, duas vezes ao dia (manhã e tarde/início da noite).
    Não faltavam lampiões a querosene em nenhuma casa.

  2. “Os carros, sem nenhum planejamento vinham da Z. Sul, sem serem retidos em pontos estratégicos ao longo das linhas e iam se acumulando numa longa fila”
    Por que? Por que, meu Deus? Se a interrupção de energia tinha lugar e hora marcada pra acontecer…
    É a velha cultura brasileira de fazer as coisas “do jeito que dá”. Isso está tão enraizado na população, que simplesmente não adianta ter dinheiro e vontade política, nunca nada é feito direito.

  3. Na época o racionamento de energia era uma coisa normal de tão frequente.
    De vez em quando os ôniibus elétricos tinham problemas em manter os “chifres” em contato com os cabos de energia. Quando soltos batiam nos cabos e produziam faíscas que assustavam os transeuntes. O motorista descia e recolocava no lugar.

  4. Por falar em panes, aconteceram várias no Metrô e nos trens nesta quarta-feira. Na quinta passada, fiquei mais de 5 minutos parado na estação Carioca porque as portas da composição não queriam abrir. O verão promete…

  5. sei que nesta epoca o dezenvolvimento para muintos projetos eram ainda muinto precario,mais quero deixar aqui as minhas muintas saldade dessa epoca maravilhosa. eram tempo que nois tinha prazer de viver sei que era tempo de poucos recursos para tudo comparado com o nosso tempo atual.amo a antiguidade.

  6. Çertamente qui muinta coizas mudou de lá prá cá, mais augumas permanessen as mesma. tempo vai tempo vem e nois vamo no vai da valça.

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