Praia do Flamengo, final dos anos 40

 
Nossa foto de hoje mostra uma área da cidade sofrendo profundas modificações, no início da forte influência do “american way of life” em nossa cidade.
Estamos no trecho do Flamengo da Avenida Beira Mar, promenade criada por Passos como forma de abrir caminhos para a expansão da cidade rumo ao sul e também virá-la para o mar.
Nossa imagem mostra o processo de desaparecimento da belle èpoque, facilmente visualizado pelos automóveis por todos os lugares, inclusive já sobre as calçadas, a subida de prédios já de linhas retas, antagônicas aos três velhos representates dos anos 20 e até mesmo as casas da primeira geração.
Em breve todos os prédios e construções até o Ed. Seabra, o primeiro grande prédio da imagem desaparecerão.
Mas a maior transformação urbana que a região sofrerá em breve, é pouco notada, na esquerda da foto. Os ficus cortados e os postes de iluminação ainda nas cores do velho padrão da Light mostram o início da diminuição do canteiro central das pistas principais da Praia do Flamengo. Sendo dado continuidade num processo iniciado da Adm. Dosdworth de se suprimir ou diminuir todos os canteiros centrais da cidade, não importando se isso deixasse o pedestre vulnerável ou suprimisse arborização pública em muitos casos já de mais de 40 anos. Era uma tentativa desesperada de se ganhar espaço para o tráfego, que crescia, numa cidade, que nas suas áreas mais adensadas já se ressentia da falta de um metropolitano imaginado no final dos anos 20, e nunca realizado como devido, até hoje.
Em breve o largo canteiro central, entre as pistas principais se transformaria na pequena tripa, que está lá até hoje, gerando mais uma faixa de rolamento em cada sentido
A rolha viária só seria resolvida de pleno, pelo menos com duração de algumas décadas, na época da Guanabara, onde contraditoriamente se suprimiu os trilhos na superfície quando se inciava, ainda timidamente a construção do Metrô.