Nossa foto de hoje mostra a entrega dos primeiros prédios do conjunto técnico, funcional e industrial do DER-DF, que era construído no cruzamento da Avenida das Bandeiras com a Rodovia Washington Luiz.
O projeto,completo, visava dar melhores condições operacionais para um dos órgãos de elite do velho DF, como também seria do futuro Estado da Guanabara. Agregando instalações industriais, como oficinas, usina de asfalto, garagens, depósitos; funcionais, pois abrigaria restaurante industrial, vestiários, ambulatório, quadras de educação física e uma grande vila residencial; técnico pois contaria com um moderno laboratório voltado à estruturas de obras de arte, pavimentação e sistemas rodoviários.
Como era imaginado nunca ficou pronto, notadamente na parte residencial, mas nos anos 60 as partes técnica e industrial foram praticamente concluídas. Grande parte do suporte às obras que mudaram a cara da cidade partiu destas instalações.
Das garagens e oficinas os equipamentos partiam e eram guardados e mantidos, do restaurante, o prédio triangular que vemos junto ao grande galpão, todos os funcionários que “caiam no batente” eram alimentados e no ambulatório os cuidados mais simples que não necessitavam ser realizados no hospital do IASERJ eram feitos.
Mas foi no ladoratório, ainda não construído nessa época, que estruturas de viadutos foram testadas, tipos de pavimentos criados, e o sistema de exaustão do Rebouças teve sua mecânica estudada e criada. Além disso o laboratório prestava serviço a inúmeros outros órgãos governamentais como as todas poderosas SURSAN e SEP-GB, pois além de equipamentos de primeiro mundo possuia profissionais de altíssimo gabarito.
Mas quem passa hoje pela alça de acesso da Rio-Petrópolis rumo à Dutra e Campo Grande, não vê a ilha de excelência mencionada acima, mas sim ruínas modernistas, engolidas pelo mato, onde uma carcomida placa anúncia a propriedade do DER-RJ. Das oficinas só resta a fachada, com janelas estilhaçadas, e restos da estrutura que sustentava o grande galpão.
O prédio anexo, do restaurante industrial, escuras e arrebentadas esquadrias, traduzem que há anos refeições não são mais servidas. Os muros e mato alto, além da velocidade dos carros não deixam se ver muito mais do complexo, mas o mato que cresce no pavimento de bloquetes denuncia que não há mais movimento.
Parte do terreno abriga hoje um shopping de decoração, a usina de asfalto, pelo menos nas foto do goggle earth ainda funciona, mas a foto de alguns anos atrás, mostra um complexo muito mais inteiro que hoje, por exemplo, as oficinas ainda possuiam telhado.
O laboratório segundo informações não mais funciona, como também grande parte da excelência administrativa criada nos últimos anos do DF e no EGB, onde a cidade estado exportava para todo Brasil técnicas e procedimentos, e não mero marqueting olímplico como hoje, tentando disfarçar a inexorável decadência, fomentada pela mesma escola de se governar dos que ocupam o Guanabara e o Piranhão hoje.
Comunico que neste feriado terminamos de subir todo o acervo de posts que estavam no fotolog para o site, um trabalho muito mais demorado que imaginávamos quando criamos o site pela absoluta bagunça que os servidores do fotolog.com são.
Com isso, a ferramenta de busca pode ser usada para pesquisar temas desde Novembro de 2003. Subimos também os cometários, refinados, tendo sido retirados spans, adolescentes querendo aparecer, e assuntos desconexos. O que mantém o clima da postagem e da época que ela foi publicada.
Os links internos, até Fevereiro de 2008, foram revisados, ou seja, todos os links que mencionam um post passado estão direcionados para dentro do site e não mais para o fotolog, onde muitos não mais funcionavam.
Há muito ainda o que fazer, verificar o portuquês dos posts mais antigos, acertar os links externos, pois alguns não funcionam mais, retirar os comentários do corpo do post e levá-los para área dos comentários. Mas o mais importante já foi feito, condensar toda a nossa base de dados num só lugar, com uma boa ferramenta de busca.
Os arquivos originais ainda ficarão no fotolog.com por um tempo, mas penso em depois retirar tudo de lá, de vez.