Nessa desbotada transparência vemos uma bela noturna do Centro do Rio, tirada da Praça Paris.
O fotógrafo estava numa das cabeceiras do chafariz da praça, virando sua lente para o imponente por do sol na então capital federal, em seu esplendor de neon.
Na esquerda temos o edifício da Mesbla, com a torre do relógio, tão característica. O logo do grande magazine e ainda o dos anos 40, com forte in spiração déco, que combina muito bem com o prédio.
A seguir temos o Hotel Serrador com o seu coroamento todo aceso, fazendo uma interessante linha de luz no topo do edifício. O letreiro do Ed. Odeon ainda não tinha acendido, vemos apenas a sua estrutura.
A foto também nos mostra que após o prédio do Clube Militar, na esquina da Rua de Santa Luzia, não tínhamos um só prédio e possivelmente o edifíco que vemos acesso alinhado com uma das cúpulas pequenas do Monre, ficasse no Castelo.
O edifício Brasília, todo aceso, desenha a silueta do monumento a Deodoro, como também o Monroe é desenhado pelo crepúsculo do por do sol e os prédios ao fundo, notadamente o São Borja.
No extremo direito da imagem temos do Ed. Standard com o mítico Oval da ESSO, que era um dos símbolos da noite da cidade.
Chama a atenção uma Praça Paris bem cuidada e uma cidade muito mais “acesa” que a penumbra do decadente sistema de iluminação pública, onde em nenhuma via, ou em nenhum conjunto de luminárias tremos todas acesas, repedindo esse descaso em toda a cidade, passado quase um ano da posse do novo prefeito.
É tão dificil assim comprar lâmpadas ?
O problema é mais grave que Lâmpadas, é de manutenção programada, pois as modernas lâmpadas de sódio sõa feitas para se trocar uma rua a cada X anos, se não for feito assim fica inviável se manter um sistema com todas as lâmpadas praticamente queimadas. Fora isso temos um grave problema de falta de reatores, células foto-elétricas, luminárias para lâmapadas de 250W (as mais usadas no sistemas), cabos e até mesmo postes. Pois em vários lugares a escuridão é criada pois os postes caíram de velhos ou foram derrubados alguns há mais de anos e não foram repostos.
Ah Mesbla, apesar de ganhar pouco, curtir muito o trabalho na loja da Tijuca!
Na sede só entrei uma vez, quando fui pegar minha rescisão!
Fiquei em dúvida sobre onde está se pondo o sol. Não seria à esquerda e atrás do fotógrafo?
Acho que o sol em sí já se escondeu, estamos naquele crepúsculo de céu avermelhado
Nesta época eu já frequentava o edifício da Esso…
Hoje em dia é quase impossível se ver uma rua com todas as lâmpadas funcionando.
A cidade está às escuras e a imprensa só fala em Olimpíadas, futebol e crime.
O Monroe ficava bonito no skyline…