Nosso post de hoje encerra esse pequena série sobre detalhes urbanísticos do trecho que ficou desconexo da Av. Copacabana.
A pedreita do Inhangá promoveu por décadas a separação da principal avenida do bairro, que se em sua grande parte era um caminho espontâneo do bairro desde épocas ancestrais, já esse trecho foi criada pelo traço dos loteadores e urbanistas que criaram a grade do bairro ainda no séc XIX. Pois na fase pré bairro o acesso mais próximo se dava pelo Caminho Real, hoje Ladeira do Leme, e o caminho original para o Leme era uma servidão que desapareceu, pois cortava alguns quarteirões, sendo a Rua Gustavo Sampaio mais ou menos alinhada com essa velha trilha.
Essa separação era tão flagrante que por alguns anos a prefeitura nomeou este trecho de Conselheiro Souza Ferreira, que também teve diferenças no urbanismo, não possuia árvores, enquanto o trecho pós Inhangá era fartamente arborizado por cássias, e por anos nem iluminação pública teve. Esta só sendo instalada com o fim do litígio possesório no fim dos anos 20, que se arrastava desde a década de 80 do séc. XIX.
Essa foto, tirada da esquina da Rua Rodolfo Dantas mostra bem as diferenças e urbanização e até mesmo de PA, com os prédios pioneiros sendo construídos sem o afastamento que o trecho seguinte previa. Vemos a ausência de árvores, de linhas de bonde e uma sutil diferença nos postes da iluminação pública, eles tinha base nornal, decorada com os outros postes da cidade. Quando tínhamos linha de bondes suspensas no canteiro central esses postes por alguma necessidade técnica não tinham decoração, mas sim uma base dupla, como podemos ver em outras fotos de várias vias que tinham o mesmo arranjo.
Na foto vemos o Ed. Atalaia com seu letreiro, pois se tratava de um estabelecimento hoteleiro, talvez o primeiro “apart-hotel” da cidade, construído em 1928.