Av. Graça Aranha, circa 1951

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Em mais uma foto da coleção particular de Harlley Pacheco, tiradas por seu pai nos anos 40 e 50 mostramos mais um detalhe a inserção do conjunto do MEC na esplanada do Castelo.
Na foto anterior (  http://www.rioquepassou.com.br/2009/07/15/ )víamos os jardins e o Monumento à Juventude mal inseridos no antigo tecido da cidade, terrenos baldios, uma servidão empoeirada e fundos de velhos prédios da Rua de santa Luzia.
Nessa foto, tirada focando a Av. Graça Aranha vemos outros detalhes curiosos que demonstram que o prédio “aterrizou” numa área completamente baldia e abandonada. Onde em cada foto dessas penso nas declarações de Corbussier que chamava o pouso definitivo do conjunto modernista de “um sujo terreno em uma área de negócios”.
Se repararmos bem não há meio fio, as pedras portuguesas dos jardins de Burle Marx vão terminando num pequeno desnível de terra cercado por pequenos fradinhos metálicos. Também não há iluminação pública deste lado da via, o que explica nas fotos dos anos 60 a presença de postes americanos, ao contrário dos do tipo canadense médio do outro lado da via e que eram padrão da esplanada. Impressionante se pensarmos que nessa época o prédio deixava arquitetos do mundo todo de boca aberta e já se tinha passado uns 5 anos da inauguração do conjunto e 10 do início da construção.
De resto vemos o Castelo ainda com um dos melhores endereços para escritórios e repartições na cidade à época, e podemos ter uma idéia do aumento do gabarito dos tempos de Agache, no Ed. Itahi, um dos primeiros da região, com o conjunto déco de anos seguintes. De início ainda possuiam um escalonamento no coroamento dos pavimentos mais altos, como podemos ver nos prédio do IAPC, Ginástico Português e  IAPI, todos da segunda metade dos anos 30. Em contraste com os prédios mais novos em primeir0 plano, que já chegavam com a fachada em uma só linha até o último pavimento.
Foto: Acervo Harlley Pacheco