Noturna de Copacabana, primeira metade da década de 30

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Hoje teremos um post duplo com o Saudades do Rio que publicou uma foto da região do Lido e PJ em 1936 ( http://fotolog.terra.com.br/luizd:1754 ).
Nossa foto de hoje, mesmo não sendo do exato ângulo, mostra este trecho do bairro na mesma época aproximada, num postal adquirido pela Life.
A região por ter ficado décadas enrolada por um litígio possessório ficou desocupada nas 3 primeiras décadas de ocupação do bairro, só se resolvendo a pendenga, nos últimos anos da década de 20 quando os terrenos finalmente puderam ser vendidos, o que denotou um tipo de ocupação diferente do resto do bairro.
Em contraponto com o trecho após a Rua Inhangá, que se encontra completamente ocupado, a região ainda tem quarteirões vazios e muitos terrenos vagos, como o que vemos em primeiro plano, na esquina da Barata Ribeiro com Ronald de Carvalho, antiga Haritoff.
A região do Lido, bem como no Bairro Peixoto, são os únicos lugares do bairro de Copacabana que podemos encontrar lotes ainda na sua primeira ocupação. Pois em grande parte do bairro, os lotes já estão minimamente na segunda ocupação, alguns já na quarta, tudo isso em pouco mais de 100 anos.
Observamos também que o Copa está sozinho na beira da praia, da Rua República do Peru até quase a Duviver, num dos lados tínhamos a pedra do Inhangá e do outro a área vazia e cercada onde em pouco tempo depois começariam subir prédios, sendo o pioneiro nesse pedaço o Ed. Continental, entregue por volta de 1937.
Ao longe o bairro era tão pouco verticalizado que podemos identificar os prédios até o Posto V, vemos o Netuno, o Guarujá, o Araguaya, o Lellis etc….
 
Estamos comemorando a ultrapassagem, nesse início de semana, da marca de 200.000 acessos no site, desde  a instalação do contador em Maio do ano passado. Nossos acessos estão aumentando dia a dia, o que dá muita satisfação, principalmente pelo retorno, pois estamos sozinhos como um site e não dentro de um “universo  fotolog”, onde há os tumbs nos outros fotolog´s parceiros lembrando aos interessados de alguma atualização. Ou seja, quem vem aqui vem espontâneamente, não sendo provocado por estímulos em outros sites.
Estamos inclusive como um número de acessos diários, por IP´s e vistas de página maiores que nos tempos do fotolog, o que prova o reconhecimento deste trabalho, feito de forma totalmente amadora, independente e sem nenhuma finalidade financeira.
Os debates aqui ocorridos, as discordâncias, os muitos amigos e os poucos inimigos criados e reforçados desde 2003 provam que o carioca quer sim resgatar suas memórias, mas não de forma vazia ou fútil,  sim debatendo e cobrando. Sendo que a maior arma para um futuro luminoso é conhecer os erros do passado e fazer de tudo para não repetí-los.
A seriedade não só do Rio Que Passou, mas como de toda a comunidade dos fotologs sobre o Rio de ontem, foi tema de dissertação e defesa de tese em mestrado no IFCS da UFRJ, onde tive o privilégio de assistir um empolgado Gilberto Velho defendendo que o que fazemos é revolucionário e fantástico, parabéns a todos !