A imagem de hoje mostra o “bota abaixo” de Passos em plena execução, arrasando grande parte da precária cidade colonial, para a construção do novo Rio, uma cidade preparada para o séc XX e não presa no pior do séc XVII.
Ao lermos escritores como Luiz Edmundo que descia a ripa na velha cidade, chaamando-a de “adranjo”, imaginamos que não só Edmundo exagerava como também outros. Mas ao vermos a improvisação das partes menos nobres desses sobrados que iam ao chão podemos entender o que era falado.
Essas construções sem respeito a um PA, cheias de puxadinhos, horizontais e verticais, desafiavam qualquer regra de urbanismo. O que falar do estreito cômodo que se eleva acima das outras construções, ou das janelas antes emparedadas por de cima da carroça mais a esquerda.
O arranjo lembra muito a atual fase das favelas, que crescem sem controle, criando prédios cada vez mais altos em becos estreitos, abrigando um grande número de pessoas, para o lucro fácil dos especuladores locais, que contam com a inércia e o populsimo do poder público.
Os índices de crescimento da Rocinha em 10 anos são assombrosos, bem como a porcentagem de apartamentos e imóveis de aluguel que passam de 1/4 dos construídos na favela.
Junto com esse crescimento está vindo de forma silenciosa a tuberculose, doença de catacumbas, que aliás e como se pode classificar muitos desses “imóveis”, não só na Rocinha como em muitas favelas da cidade, notadamente as de encosta em áreas nobres. Que outras doenças virão depois ???