Começamos a semana com o transito pesado na Av. Presidente Vargas, no final dos anos 50.
Passados mais de 10 da conclusão da via ela não estava ainda ressolvida, aliás não está até hoje. No trecho do Cais dos Mineiros até a Rua Uruguaiana a via ia tomando, embora lentamente o que desejavam seus idealizadores, prédios de 14 andares com galerias agachianas, alguns até com fachadas um pouco elaboras, mas a grande maioria com arquitetura medíocre. Isso neste trecho, o mais valorizado da via, devido a proximidade com a a avenida Rio Branco.
Já o resto com terrenos passados a órgãos públicos, ou com as antigas construções das vias originárias aguardando a concretização do planejado nos anos 40, virava, em grande parte ruínas. Igual destino tinham os bairros junto a avenida na região da Cidade Nova.
A construção da larga avenida foi tão apressada e “desajeitada” que criou discrepâncias, como o prédio que vemos na esquina da Rua Uruguaiana. Construído poucos anos antes dos velhos quarteirões entre as ruas do Gal. Câmara e São Pedro irem abaixo ele obedecia o novo alinhamento das vias, quando ainda existiam. Recuo da linha do meio fio, e sem galerias. Esse padrão era do Centro, fora a Esplanada do Castelo, que por ser área virgem seguia os traços de Agache.
Porém com a edição do Plano 100, uma reedição, quase literal, do plano de Prado Júnior feita pelo Caudílio o padrão de galerias se espalhou por toda a Z. Central e até mesmo partes da Zona Sul. Sendo essa a razão de termos em pleno SAARA alguns prédios dos anos 40 e 50 com anacrônicas galerias agachianas no meio dos sobrados.
O prédio que vemos ficou alí até os anos 60, quando foi substituído por um prédio no padrão de seus vizinhos.