Mais uma vez o fantástico arquivo da Life nos brinda com imagens fantásticas, desta vez do distante carnaval de 1939, e em cores!!!
Saímos das ruas e vamos ao chique ambiente do baile em um dos 2 grandes cassinos da cidade, descartamos o cassino do Copa, pois o local não tem nada a ver com a clássico prédio porjetado por Gire.
Nos resta o Urca e o Atlântico, o mezanino reto e curto e o alto pé direito do salão fazem pensar no Cassino Atlântico, pois o Urca além de possuir um pé direito mais baixo tinha os balcões em curva acompanhando o salão de forma ovalóide.
Mas a pesada decoração de carnaval dificulta em muito uma correta identificação dos dois prédios, então vamos nos atentar as roupas e aos hábitos.
Os homens em grande maioria estão de summer, há discretas fantasias, tudo muito diferente das fotos das ruas, afinal estávamos num programa noturno num dos endereços mais chiques da cidade. Os bailes de carnaval foram num crescendo, tendo seu auge nos anos 50 e 60, ditando o rítmo do carnaval da cidade, mas viram seu ocaso pela absoluta exaustão e vulgarização do modelo no final dos anos 80, mas já vinha mal desde o final dos anos 70.
Curiosamente vemos hoje o boon dos blocos de rua, sendo impressioante constatar que o Bola Preta há coisa de 6 anos desfilava com teimosos foliões, com uma kombi de som e nem pela Rio Branco passava mais, pois não tinha o número de pessoas suficientes para justificar o fechamento da via, mas era um fantástico e tranquilo lugar para levar crianças e pular ao som dos metais da banda do bloco.
Hoje começamos a ver a exautão dos blocos, ainda na febre da moda, cada vez mais surgem em cada esquina da cidade, trasnformando o deslocar pela cidade num inferno, com o fechamento das ruas para meia dúzia de gatos pingados desfilarem ou até mesmo ficarem parados num boteco. Enquanto isso os grandes blocos se transformaram em verdadeiros programas de índo, onde os caciques que frequentam, ou só vão porque é moda, mal tem espaço para brincar.
Como tudo nessa cidade é morto pelo excesso e exaustão, já prevejo, caso não se faça nada, a morte (novamente) dos blocos em poucos anos por total autofagia.