“Titio” Chagas Freitas, junto com o Ministro do Transporte Eliseu Resende inauguram a Estação Largo do Machado da Linha 1 do Metrô, uma das últimas a ser inaugurada na então “Linha Prioritária” no dia 23 de Dezembro de 1981.
Por de trás dos políticos e dos caricatos guardas metroviários vemos uma terra arrasada que o murcho jardim não consegue esconder. A cicatriz urbana é simplesmente imensa, sem as árvores crescidas dos dias de hoje podemos ter uma idéia da verdadeira destruição que as obras na região do Catete provocaram. Os prédios estão lá atrás, como no fundo da imagem está o conjunto de sobrados sobrevivente no lado direito da Rua do Catete, quase todo demolido durante as obras. Da arborização pública implantada por Passos apelas dois heróicos oitis com suas copas disformes pelas podas realizadas durante as obras sobrevivem por de trás do Chagas.
O post de hoje também chama a atenção para a nova sandice e gasto de dinheiro do nosso Metrô, um novo estudo, certamente atendendo os interesses de muitos, inclusive da Metro-Rio, para se prolongar a linha 1 até a Barra da Tijuca partindo da estação Gal. Osório. Obra essa de grande complexidade pois passará pelo meio da restinga de Ipanema e pelas áreas pantanosas do Leblon. Quem acompanhou a construção da Estação Siqueira Campos sabe da complexidade da obra e do altíssimo custo, só para se endurecer o solo da Rua Tonelero entre as ruas Figueiredo de Magalhães e Lacerda Coutinho se gastou 200 mil sacos de cimento.
O pior que o gasto do dinheiro público já começa no estudo, com alguns milhõesinhos, e certamente se completa, realizado com o abandono dos outros 3 planos anteriores, já pagos e concluídos, sendo o mais lógico a partida da Linha 4 rumo à Barra pela lacrada Estação Morro de São João, caminhado a linha pelos Morros São João e Saudade, e o Maciço da Tijuca. Com estações no Humaitá, Hospital da Lagoa, Praça Santos Dumont e uma possível integração com a linha 1 da Rua Uruguai, tendo então a Linha 4 dois cruzamentos com a 1.
A “esticada” da Linha 1 rumo à Barra só irá beneficiar a Metro-Rio, que manterá sua concessão no trecho, que pela ótica dela e sua famigerada Linha 1A nunca operará em capacidade máxima, já podemos esperar os trens chegando absolutamente lotados em Ipanema vindos da Barra na hora do Rush vespertino, e a batalha na estação Botafogo dos passageiros que sairão da Linha 1A rumo à Barra disputando os mesmos trens que já vem lá da Tijuca. Com certeza obra de “gênio”…da lâmpada.