Num tempo longe dos cartões inteligentes de hoje o ônibus era pago com dinheiro; vale transporte, passe para a terceira idade e passagem gratuíta para estudantes, tudo isso era ficção.
Mas o que poucos sabem é que alguns podiam viajar de graça, aliás podem. Cartões como esse ainda existem e são muitas vezes apresentados de forma discreta ao cobradores por pessoas que tem o privilégio de ser amigo, parente ou o próprio dono das empresas de ônibus da cidade. Conheci uma senhora, esposa de um dos sócios de uma das maiores empresas de ônibus da cidade, que faz rotas na Z. Sul, moradora da Av. Atlântica que só andava de ônibus.
Alguns cartões como esse só valem para uma viação, mas outros são emitidos pela própria Rio-Ônibus, valendo para todas as empresas.
A Viação Relâmpago era uma das maiores da cidade à época, contando inclusive com uma moderna frota de “gostosões”, que faziam o trajeto por linhas importantes ligando a cidade desde a Grade Tijuca até o fim da Zona Sul, no Leblon. Linhas como a Leblon-Estada de Ferro e Saenz Peña-L. do Machado
A identificação da função da minha tia Maria, indica que havia um acordo com a Relâmpago com o DER-DF, ou então tal cartão era obrigatório por uma lei ou decreto.