Nesse pequeno fragmento de imagem, retirado de uma panorâmica vemos detalhes da movimentação da Praça Floriano, em plena cinelândia nos anos 20.
Primeiramente chama a atenção a pequena movimentação de automóveis tanto na avenida como a Rua 13 de Maio, que nessa época, por força das reformas urbanas de Passos tinha anexado o último trecho da Rua da Ajuda, dois carros se encontram estacionados alinhados com o meio fio do lado oposto do Teatro Municipal, enquanto outro automóvel passa em direção ao Largo da Carioca.
Na avenida dois pedestres aparentemente esperam a sua oportunidade de atravessar, com pouca pressa, no centro da pista, não usada como passagem pelos carros em virtude dos refúgios da arborização e da iluminação; outro aguarda junto a um poste do outro lado da rua.
O urbanismo, ou melhor a sua conservação chama a atenção, a calçada é perfeitamente alinhada, os bancos estão pintados e aparentemente em bom estado, e os jardim corariam qualquer diretor da FPJ dos dias de hoje. O mobiliário urbano está bem conservado, os postes bem pintados e os globos tão limpos que podemos ver no vidro leitoso a base dos soquetes das lâmpadas que eram de porcelana branca, tudo muito deferente de hoje onde em alguns lugares é difícil de enxergar para dentro das luminárias de rua, apesar de hoje elas serem de acrílico ou vidro temperado transparentes.
Talvez o maior pecado do Rio foi ter crescido tanto nos anos 50, um crescimento sem o acompanhamento da infra-estrutura de uma cidade que já vinha sendo abandonada pelo seu principal mantenedor o governo federal, visto da histórica falta de autonomia administrativa, que era histórica e mesmo depois de lutas nos anos 30 só viria ser conquistada no Estado da Guanabara, onde a cidade, mesmo com a migração de pouca qualificação conaseguiu tr outro bom período administrativo e de crescimento mais equilibrado, o que se viu depois é o que se vê hoje.
Imagem da coleção de Francisco Patrício
Lindo, clássico e com pose “a la Paris”. Um Rio que não vi e não pude
desfrutar. Parabéns pelos posts
Parece tudo, menos Rio de Janeiro.
É impressionante como deixamos que a cidade se transformasse no caos atual.
Excelente resgate. Pelo menos a BN ainda sobreviveu.
“e os jardim corariam qualquer diretor da FPJ dos dias de hoje” …
Sei não… acho que já perderam a vergonha há tempos.
Vergonha ? O que é isso ?
Maravilha de foto. Posta o restante dela!!
🙂
Para confirmar seus comentários sobre a conservação da cidade, basta ver aquele filminho que está no youtube:
“Rio de Janeiro 1936 City of Splendour”
Até o comentarista fala sobre a limpeza da cidade.
Lamentável o que se vÊ hoje em dia
muito bom
excelente! a rua da ajuda eh aquela da leiteria mineira?
Exatamente, só que antes da construção da Rio Branco ela ia até onde hoje está a Cinelândia, junto ao antigo Convento da Ajuda.
e ali no canto inferior a direita, uma aluna do curso de Biblioteconomia atrasada para a aula
Se olharmos fotos das principais cidades americanas e européias naquela época e compararmos com essa, não veremos diferenças substanciais. Tente fazer o mesmo hoje em dia… e verás o caos em que estamos mergulhados. Por que isso aconteceu ? Falta educação e cultura e sobre esperteza, corrupção, malandragem e uma cultura do “deixa prá lá”.
É triste….
Aliás, por onde anda o Francisco Patricio?
🙂
,O Francisco Patricio foi fagocitado pelo Silva, aquele que tudo sabe e tudo vê