Começaremos com os post´s inéditos de onde paramos na sexta passada, a Exposição do Centenário da Independência em 1922.
Nessa noturna de uma publicação de época vemos em destaque o Pavilhão de Festas ou de Diversões em toda a sua opulência eclética. Em área construída o Pavilhão de Festas talvez fosse o maior dos construídos para o evento, ocupando uma enorme área que em comparação com a cidade moderna iria dos muros do Terceiro Comar até a Rua de Santa Luzia e abrangendo as pequenas vias que existem por de trás da Av. Marechal Câmara. Ele foi construído com natureza permanente, tendo permanecido intacto por toda a década de 20 e parte da de 30, porém por sua posição em relação ao novo tecido urbano que se pretendia implementar na região, esquecendo-se aí o nunca executado Plano Agache, mas sim o seguinte, do Estado Novo para a Esplanada, ele precisou ser parcialmente demolido.
Todo o frontão, com as colunatas foi a chão, bem como a cúpula e as duas torretas, tanto no vértice esquerdo que vemos em primeiro plano como no vértice direito, mais ao fundo, se confundindo com a torre construída por cima do Forte do Calabouço, também demolida na mesma época.
Com a construção da Av. Gal Justo e a delimitação da área destinada ao Aeroporto Santos Dumont, as sobras do edifício permaneceram, ainda mantendo nas fachadas viradas para a Rua de Travessa de Santa Luzia vários dos elementos estéticos originais, inclusive um dos pátios internos na construção. Porém no início da década de 80, quando o prédio abrigava de forma não muito segura a Secretaria de Fazenda do recém criado Município do Rio de Janeiro o prédio ardeu em dois incêndios consecutivos, sendo o último abrasador, destruindo praticamente não só todos os documentos como os arquivos de áreas foreiras, limites fundiários e também todo o prédio que desabou parcialmente nos combates às chamas, sendo as ruínas posteriormente demolidas.
Seu terreno ficou por muitos anos abandonado, servindo de estacionamento, depois pátio para veículos rebocados e hoje a enorme área, que abrigava aproximadamente pouco mais de 1/3 do prédio original é ocupada por um dos maiores postos de vistoria do DETRAN.
A foto nos brinda ainda, como a torre do Pavilhão dos Estados ao fundo, e na direita não só com a torre mas como pequenos detalhes do Forte do Calabouço, já totalmente reformado para o estilo neo-colonial.
Foto: Revista da Semana de 23 de Setembro de 1922
Pelo que estou entendendo o Pavilhão de Festas foi vítima da indefinição urbanística da área (que hoje em dia deixou a Av. Mal. Câmara ligando o nada a lugar nenhum e aquele prédio “torto” na General Justo). Tenho que procurar uma foto aérea da Expo de 22 que mostra claramente o tecido urbano da região na época (no qual o Pavilhão se inseria) que ilustra as modificações do local.
Fico imaginando se todo o conjunto tivesse sido preservado que canto agradável da cidade teríamos hoje.
André,boa tarde,
Você diz que o Pavilhão de Festas de 1922 sofreu demolições parciais,pelo “choque” em relação ao urbanismo que se pretendia implantar na região,e que boa parte ainda estaria de pé – descaracterizada,é claro – até o início dos anos 80.
Pois bem, eu me lembro de outro pavilhão demolido, o Ministério da Agricultura,que desapareceu em 76,da mesma forma que também lembro do Monroe,mas realmente deste aí não tenho nenhuma recordação. Existe alguma foto,por exemplo,dos anos 60/70,que mostre como ele ficou até ser derrubado?
Waldenir,
O Ministério da Agricultura apareceu em um sem números de posts nos fotologs do coração.
Eu acho que ele está se referindo aos restos do Pavilhão de Festas que só sucumbiram aos incêndios.
Waldenir o Pavilhão dos Estados, que depois virou Ministério da Agricultura foi demolido nos anos 70 praticamente sem modificações externas em relação a 1922
André, eu estou me referindo aos remanescentes do Pavilhão de Festas mesmo.Se ele abrigava órgãos do estado,ainda haveria um bom pedaço de pé no momento do incêndio.
Beleza de foto.
A região ficou mesmo muito estranha atualmente.
Foto linda! Um espetáculo.
se tivessem preservados todas aquelas maravilhas da expo de 1922 e tudo de bom gosto que o rio tinha naquela epoca e sem essas favelas que tem hoje e se tivessem feito a cidade atual ao lado da antiga como existe hoje em paris e londres talves o rio hoje poderia ser considerada a paris da america do sul e ponto final