Hoje teremos um post que explorará mais algumas funcionalidades do site, imagens em grande tamanho serão evitadas por problemas de direitos autorais, mas nada que impeça que possamos dissecar uma imagem em uma só página.
Temos hoje uma reprise do post de 11 de Janeiro de 2005 e os detalhes da foto publicados nos dias 15 e 16 daquele mesmo mês.
Essa sensacional noturna da exposição de 1922 me foi enviada pelo Roberto /rockrj, sendo o postal encontrado na casa das suas tias as Sras. Hilma e Lucy Rocha Souza, o postal como de hábito em alta resolução é de uma espantosa nitidez nos fazendo mergulhar dentro da exposição, podemos identificar quase todos os pavilhões.
Aparentemente essa foto foi tirada antes da inauguração, pois há alguns pavilhões ainda com andaimes; bem vamos a identificação da direita para a esquerda.
A grande construção à direita da foto é o Pavilhão dos Estados, projeto de Moralles de Los Rios, depois finda a exposição foi transformado em Ministério da Agricultura e demolido junto com o Palácio Monroe, também sem nenhum motivo, mais junto ao mar vemos um pequeno pedaço do Pavilhão de Caça e Pesca.
Na parte inferior da foto temos o Pavilhão do Distrito Federal, hoje transformado em Museu da Imagem do Som.
De onde partem as luzes dos holofotes que iluminan o céu era o Pavilhão da Estatística, o qual chega aos nossos dias uma pequena parte.
Ao seu lado vemos um pequeno pavilhão identificado pelo amigo Frederico Lopes de Portugal, como o pavilhão da Música, ou dos Concertos, há divergência de nomes.
Mas, o mais curioso se reserva à parte esquerda do postal, algumas das construções que vemos não são pavilhões da exposição, mas sim imóveis públicos pré-existentes que receberam fachadas falsas para combinar com a ambiência da exposição, a mais notável foi a do antigo Mercado Municipal, onde sua antiga estrutura metálica da Belle Epoque foi escondida com um frontal eclético, misturando Neo-Clássico com Neo-Colonial, o mais curioso eram dois enormes globos luminosos sustentados por alegorias de animais.
Na parte inferior equerda da imagem vemos um pequeno pedaço do Pavilhão das Joias.
Teremos agora detalhes da imagem com seus respectivos comentários logo abaixo destes
1-
Vemos o pavilhão da Música ou dos Concertos, ainda com andaimes.
2-
Nessa foto temos o pavilhão da Estatística aparecendo de todo e parcialmente o pavilhão da caça e pesca.
O pavilhão da estatística chegou aos nossos dias, embora não tenha mais a sua cúpula.
3-
Detalhes da fachada falsa em estilo eclético que foi colocada para esconder a estrutura metálica, com forte inspiração da Belle Èpoque do velho Mercado Municipal, a cúpula que vemos no fundo era instalada sobre uma das torres do Mercado, e é a última parte que sobrevive, como Restaurante Albamar.
4-
Detalhe do teto do pavilhão do Distrito Federal, um dos últimos sobreviventes da Exposição de 1922, depois de vários usos, inclusive necrotério, abriga hoje o Museu da Imagem de do Som.
5-
Detalhes da cúpula e telhados do Pavilhão dos Estados. Ele possuia cúpula de vidro, um tipo muito raro em nossa cidade, depois de sua demolição apenas o Palácio Tiradentes possui uma cúpula deste tipo.
Junto a cúpula vemos os telhados e duas de suas fachadas, a virada diretamente para nós dava para o Largo da Misericórdia, e a localizada para a esquerda dava para junto ao mercado e hoje estaria apontada para os prédios da Rua de D. Manuel e o Forum.
Esse postal foi tirado de uma das curvas da ladeira da Misericórdia, que apesar do processo de desmonte acelerado o qual o morro do Castelo estava passando nesse período que antecedeu a inauguração da exposição, ainda tinha seu leito praticamente integro até o que era o convento dos Jesuítas.
Bom dia pessoal!
Agora para responder especificamente a um comentário, basta clicar no “reply” abaixo dele. Tutú, obrigada pela sugestão, achei bem legal 🙂
Beijos!
Dani
legal mesmo.
Dani,
acho essa ferramenta de responder especificamente a uma comentário diretamente de uma interatividade ótima.
🙂
To me divertindo aqui… rs…
A casa nova do Decourt (& Dani) promete!
Os prédios construídos para a exposição eram magníficos.
Um crime terem sido destruídos, quando tantas porcarias acabam sendo tombadas ou tuteladas pelo patrimônio histórico.
Por coincidência, estou postando sobre o mesmo assunto.
A cúpula do Pavilhão da Estatística foi retirada após pedido de um dos arquitetos da construção:
“Dentre outros pavilhões, ergueu o governo um palacete destinado a expor
a riqueza do Brasil expressa em números: o “Pavilhão da Estatística”, projetado pelo
professor da Escola Nacional de Belas Artes Dr. Gastão da Cunha Bahiana (1879-1959).
Filho e irmão de arquitetos, Gastão Bahiana era um purista, avesso ao estilo neocolonial
ou aos modernismos que começavam a debicar por aqui. Por este motivo escolheu para o pavilhão um sóbrio estilo Luís XVI, cuja pureza foi prejudicada por estranha cúpula,
desenhada por seu sócio Nereu Sampaio. Ambos haviam projetado o prédio do Fórum,
algums metros adiante e ainda de pé. Após a exposição, Gastão Bahiana fez gestões
para a retirada da cúpula, finalmente obtida em 1930.”
Andre, qual o nome do pavilhão que ficava ao lado do do Distrito Federal?
Aproveitando, poucas pessoas sabem, mas um dos pavilhões portugueses ainda existe. Ele foi desmontado, como o Monroe, e levado para Portugal e se encontra hoje no Parque Eduardo VII, em Lisboa.
A história dele: http://www.jf-sspedreira.pt/index.php?option=content&task=view&id=61
Uma foto dele na exposição e outra atual:
http://i250.photobucket.com/albums/gg246/Sussudio_2008/71720expo2019222020trenzinho2i.jpg
http://i250.photobucket.com/albums/gg246/Sussudio_2008/jardim10pavilhao.jpg
Marcus era o Pavilhão das Jóias
André,tudo bem?
O pavilhão de estatística é aquele diante do Museu Histórico Nacional,não é mesmo? Nunca entendi por que removeram a cúpula – já que o prédio não foi demolido -,quebrando totalmente a composição,que hoje mais parece um bloco reto por causa disto.
Waldenir, a explicação para a remoção da cúpula está na postagem que eu fiz acima
Que diferença para o fotolog.com.
Um “show”!
O Roberto havia me mandado esse postal tb. Mas num dos pitís do meu computador, creio que tenha perdido estas imagens.
🙁
>> Gostei desta página com fundo branco. 😉
Fotos como essa que me fazem ter muita vontade de voltar à 22 só para estar nessa exposição, que deve ter sido um evento e tanto. Meu avô estava lá e foi um dos contemplados com um relógio comemorativo do centenário da independência que guardo com muito carinho até hoje. Se quiser mando fotos.
Quanto ao site, está ficando muito bacana isso aqui! Mas ainda existem detalhes que precisam ser melhorados, como o fato de que está aparecendo uma barra de rolagem horizontal e a navegação entre posts está um pouco confusa. Tenho bastante experiência com wordpress e se quiser minha ajuda, mandem um email!
[]’s
r.
Rafa, mas claro, aguardamos ansiosos fotos do relógio que foi de seu avô !
Quanto a barra de rolagem a mesma está deixando a Dani enlouquecida, com certeza estará te mandnado um email em breve para trocar opiniões com vc.
abraços
Uma brutal diferença para o que essa área é hoje em dia.
Completamente despersonalizada, ao contrário do que se ve aí.
Uma área aconchegante.
Afinal, esses pavilhões foram feitos para serem definitivos, ou previa-se a demolição? Na Expo de 1908 sei que pelo menos alguns eram pra serem demolidos mesmo.
Acredito que algo como o Pavilhâo dos Concertos fosse ser realmente provisório, bem como as portarias e bares ao longo do parque de diversões na atual Gal Justo. Mas vemos em fotos dos anos 30 e 40 muitos dos prédios ainda de pé e com outros usos. O próprio Pavilhão de Caça e Pesca com aparência tão provisória nas fotos só desapareceu de vez após a construção do Perimetral, quando teve sua última parte demolida para a bertura da Av. Agache por debaixo do viaduto
A história da demolição do Monroe já foi contada e recontada. Mas o ministério da Agricultura, por que foi demolido? Os militares tinham alguma birra com ele também?
Gostei muito de tudo por aqui. Vou ter os post e comentários anteriores e volto depois…
Duas sugestões:
1 – Por que o email é obrigatório. Só dá mais trabalho para comentar.
2 – O fonte poderia ser um pouco maior. Os “velhinhos” têm mais dificuldade de ler. Eu aumento o tamanho do texto pelo explorer..
De resto, nota 10 !
O email é obrigatório para evitar robôs de spam, no Terra tb é obrigatório uma fase de identificação, para evitar spans, acredito que essa forma seja menos intrusiva que a geração de um ID por meio de cookie para poder comentar.
A fonte de onde que é pequena, do texto ou dos comentários ???
Ambos, mas deve ser a resolução do meu monitor.
Um espetáculo!
Agora eu entendi porque nunca encontrava o Mercado Municipal nas fotos da Exposição de 22. Ele estava escondido atrás de uma fachada falsa !!!!!! Mas ele funcionavam certo ? Como deveria ser isso ? Tipo fachada cenográfica, toda tapada, com o Mercado e a zorra infernal comendo solta por trás ?
Interessantíssimo.
Exato, tenho uma foto que ele aparece melhor assim, vou ver se a publico nessa semana
Alguém poderia informar a fonte exata que explica ou indica a informação de que Gastão Bahiana fez gestão para retirada da Cúpula do Pavilhão de Estatística? Busco nos jornais da época e nada encontro. Fico grato a quem puder indicar!