As feiras livres foram criadas em 1904, junto com as modernizações da cidade por Passos e visavam o fornecimento de hortaliças, produtos rurais e cortes de carnes, além de plantas, flores, animais domésticos …..
A prefeitura além de atender os insistentes pedidos da população, também visava concentrar e fiscalizar os vendedores de tais produtos que desde os tempos coloniais se espalhavam por praças e largos da cidade vendendo tais produtos, sem nenhum controle.
A Feira-Livre, tinha regramentos claros, como horário de funcionamento, das 6 às 11 no verão e das 7 às 12 no inverno, como também a presença de fiscais municipais que não só asseguravam a ordem como também destruiam produtos impróprios para o consumo e que estavam sendo vendidos. Além disso a legislação estabelecia uma série de regras de condutas, como tamanho de barracas, requerimento de licença, não utilização do mobiliário urbano para se montar as barracas e toldos, e a limpeza, que deveria ser total até uma hora depois de encerrada a venda.
Esse modelo, modificado algumas vezes durante as décadas subsequentes, a principal mudança acontecida em 1916 quando as feiras passaram a ser semanais e fixas em logradouros pré determinaods, permanece até hoje, com suas qualidades e defeitos.
Os pequenos produtores rurais, de vegetais e aves, tão presentes em feiras, mesmo da Z. Sul até os anos 80 começam a escacear, hoje temos é mais revendedores de produtos comprados dos grandes atravessadores na CEASA, o que é uma pena, pois esses pequenos produtores muitas vezes já traziam produtos colhidos e separados para fregueses cativos, dando uma aura de cidade do interior.
Hoje o maior problema da feira livre é a sua inedaquação ao espaço urbano, principalmente pelo comportamento dos próprios feirantes que praticam de forma contumaz o desrespeito pelos lugares de onde tiram seu ganha pão. Barulho ao montar as barracas na alta madrugada, armação de toldos usando as árvores da arborização pública, algo proibido em 1904, ocupação de lugares não autorizados e principalmente a grande quantidade de lixo jogado na via pública depois do encerramento da feira, muitas vezes após as 15 horas. Tal comportamento demonstram além da falta de visão dos comerciantes a mais absoluta ingerência do poder público na fiscalização.
Comments (5)
triunfodapintura 2008-02-12 07:04 …
Esse comportamento é disseminado na sociedade da cidade, em todos os seus grupos e camadas, não só nas feiras públicas. Falta uma boa gerência, falta uma liderança política honesta e positiva.
luiz_o 2008-02-12 10:43 …
Totalmente anacrônicas. Inconcebível funcionarem como funcionam hoje em dia.
Mas as madames adoram!
rafael_helena 2008-02-12 14:47 …
A via que vemos é a São Clemente, certo? As palmeiras do Largo dos Leões ainda estão lá, talvez em menor número.
Abraços
jban 2008-02-12 15:29 …
A feira é um grande evento mal explorado pela cidade. Uma coisa simples e que funciona. O preço é regulado pela concorrência e a mercadoria é distribuída ao consumidor final sem passar pelos Supermercados da vida, que em geral trabalham com produtos mais caros e de qualidade inferior. As feiras acabam por regular a oferta dos supermercados que nunca foram capazes de suprir esta necessidade a contanto. A concorrência das feiras são os hortifruti, mas estes ainda são em número inferior ao necessário e estão ausentes de alguns bairros da cidade.
Faltam às feiras livre o que falta ao Rio de Janeiro: Governo, ficalização, controle e punição para quem não segue as regras. A feira em si não é um mal. Pelo contrário.
Viva a Feira Livre !!!