Um dos detalhes do prédio, mais atingidos no passar dos anos foi o embasamento do edifício, todo em granito negro, que abrangia não só a sua portaria, mas também a frente das duas lojas, que formavam varandas para a estreita Av. Atlântica.
Se hoje funcionam o restaurante Arab e o bar Manoel e Joaquim, por décadas ali funcionou a Confeitaria e Sorveteria Alvear, um dos pontos “chiq’s” do bairro dos anos 30 até o final dos anos 60, quando começou a entrar em decadência, mas tendo sobrevivido precariamente até o final dos anos 70.
Na foto podemos ver que o embasamento de granito subia quase até os balcões do primeiro andar, que eram frisados no melhor estilo déco, hoje após a colocação de pastilhas nos anos 70 estão lisos. O déco também era o estilo dos letreiros da Alvear, e certamente do seu interior.
A varanda aberta, usando apenas as marquises originais do prédio e toldos de enrolar permaneceu assim até o fim da Alvear, quando as lojas foram divididas e novos ocupantes construíram puxadinhos, destruindo o revestimento original das paredes junto as antigas portas de enrolar e tranformando a entrada do prédio, antes integrada ao conjunto, em um beco, emparedada pelas paredes dos “anexos” e bloqueada com uma das indefectíveis grades em estilo “colonial” que viraram coisa comum em nossa cidade.
Curiosamente o edifício vizinho ao Netuno, virado para dentro do quarteirão da Rua República do Peru, certamente construído junto ou na mesma época pela mesma construtora se mostra muito mais original, inclusive na fachada.
Comments (4)
Interessante estas fotos inéditas que mostram o cotidiano das pessoas da época.
Um confeitaria na Av Atlantica!
Hoje seria impossível…
Acho que com o servidor próprio seria legal que empressas ligadas ao turismo, historia, anunciassem no site.
Abraços e boa sorte
Michael Meneses
Grande lembrança.
Só falta você descobrir uma foto da Biblioteca Thomas Jefferson, no Posto 4.
Essa foto tá difícil……